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CAULE assume -se como um “exemplo a nível nacional” no controlo da doença do nemátodo do pinheiro

A CAULE recebeu a visita de mais uma comitiva internacional aos trabalhos que tem estado a desenvolver de controlo e erradicação da doença do nemátodo da madeira do pinheiro na região da Beira Serra e concelhos limítrofes.

A visita, organizada pela FNAPF – Federação Nacional de Associações de Proprietários Florestais, juntou representantes de diferentes entidades da região de Bordéus, em França e teve como objetivo mostrar a “realidade no terreno” aos técnicos e especialistas franceses, que além da legislação da União Europeia, admitiram desconhecer a dimensão deste problema e as formas de o travar.

“Estamos a preparar um Plano de Emergência para França, e temos que ver como é que realmente as coisas funcionam no terreno em concreto”, afirmou um dos membros da comitiva, Stéphane Latour, lembrando que esta doença representa uma das grandes ameaças à floresta do seu país, em concreto à floresta de pinho que representa mais de um milhão de héctares só na Aquitania.

Uma visita que Vasco Campos, presidente da CAULE, entende como um “reconhecimento” ao trabalho e à experiência da associação que lidera, nesta matéria. “Ninguém tenha dúvidas que nós somos o maior exemplo a nível nacional na luta contra esta doença” e a prova disso, faz notar “ é que sempre que existem visitas internacionais a Portugal, é aqui que o ICNF os traz”. Considerando que este é dos “poucos sítios” do país onde há trabalho “reconhecido” e “experiência ligada a esta doença”, o engenheiro florestal faz saber, todavia, que o problema do nemátodo do pinheiro está longe de estar controlado. “Podemos dizer que a doença está controlada nos nossos territórios a 70, 80%, fora da nossa região, no litoral do distrito de Coimbra, Viseu, Leiria, a progressão é galopante e sem qualquer tipo de intervenção”, garante, adiantando já ter feito chegar as suas preocupações aos responsáveis políticos do setor.

Acreditando que a CAULE é vista, cada vez mais, como uma entidade de referência no combate a esta doença, Vasco Campos transmitiu aos franceses “a nossa experiência técnica, baseada no trabalho e conhecimento do terreno”, uma experiência que o leva a comparar esta doença ao fogo, pelo que “deve ser atacada à nascença para não ganhar dimensão”, conclui.

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