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“Casa d’O Brasileiro” vai ser Centro de Acolhimento Temporário para a Deficiência

O Bispo de Coimbra, D. Virgílio Antunes, abençoou ontem a primeira pedra daquele que virá a ser o Centro de Acolhimento Temporário (CAT) para a Deficiência,…

… promovido pela Santa Casa da Misericórdia de Galizes. O projeto vai dar vida nova à “Casa d’O Brasileiro”, na localidade de Senhor das Almas.

O lançamento da primeira pedra do CAT para a Deficiência marcou, ontem, o final das cerimónias de encerramento das comemorações dos 350 anos da Misericórdia de Galizes, que momentos antes procedeu à apresentação do livro “Compromisso da Misericórdia de Galizes – 1668” e descerrou um monumento comemorativo da efeméride.

Virgílio Antunes, Bispo de Cimbra considerou que 350 anos constituem “um marco” porque demonstra “o pulsar do coração de uma população” .E quanto àquela que vai ser a nova resposta social da instituição, considerou que a mesma é “urgente” para o acolhimento de crianças com deficiência, seja porque as suas famílias não têm condições adequadas para as ter em suas casas, seja porque estão inseridas em famílias destruturadas.

O futuro CAT vai funcionar no “palacete” localizado junto à EN17 conhecido como a Casa do Brasileiro. Há dois anos o imóvel foi oferecido à Misericórdia de Galizes para fins sociais pelo casal Albano Ribeiro de Almeida e a sua esposa Maria Augusta, herdeira da casa que o pai inaugurou em 1931. Em jeito de graça, Ribeiro de Almeida disse que a casa não era sua, mas antes da sua esposa que a herdou, contando lá ter vivido pouco tempo, por a achar “grande de mais”. “ A casa sofreu muitas alterações”, contou, recordando que à data da inauguração só tinha uma casa de banho e há dois anos tinha 15. Não deixou de sublinhar “os asares” que houve na casa, com os últimos inquilinos, mas considerou que “com a bênção do Sr. Bispo está tudo completamente resolvido”.


A apontar para o projeto do futuro CAT para a Deficiência, que manterá a traça original do palacete, Bruno Miranda, provedor da Santa Casa, referiu que o objetivo é criar “um lar de acolhimento, um lar familiar, que será composto por 16 camas normais e quatro de berçário. “Será estritamente para acolher crianças com deficiência, o que faz dele um projeto inovador” e “diferenciador” a nível nacional. “Contámos sempre com o apoio da Câmara Municipal, reconhecendo que seria uma mais valia para o concelho e que seria algo de bom e inovador para o concelho”, referiu Bruno Miranda.


Um trabalho em parceria que foi também apreciado pelo presidente do Município de Oliveira do Hospital, José Carlos Alexandrino, considerando que a família que ofereceu o imóvel escolheu “a melhor instituição do concelho” para os fins que desejava. Esta é uma resposta que o autarca considera necessária no concelho por perceber o “drama de muitas famílias, sem capacidade financeira e com jovens com um grau de deficiência elevada. Destacou a “angústia” dos pais que quando começam a envelhecer não sabem a quem é que os filhos vão ser entregues. “Isto são coisas do nosso dia a dia, coisas reais do nosso concelho”.

Os trabalhos do futuro CAT para a Deficiência deverão ter início antes do final do ano. A obra estimada entre 750 a 800 mil Euros deverá estar concluída no final de 2020, altura em que o espaço entrará em funcionamento.

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