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Casa da Obra garante “fazer o melhor” na reabertura da creche em tempo de pandemia (com vídeo)

A Casa da Obra, como é conhecida a Obra D. Josefina da Fonseca, na cidade de Oliveira do Hospital, reabre na próxima segunda-feira, dia 18, a sua valência de creche. Das cerca de 72 crianças, apenas “6 a 10” crianças estão confirmadas para o  primeiro dia.

O momento é de adaptação a uma “nova normalidade”. Há muitas regras que é preciso cumprir para evitar o contágio do novo coronavírus e fazer das creches um lugar seguro para as crianças.


A poucos dias da abertura das creches, prevista para dia 18 de maio, Isabel Almeida, diretora técnica da Casa da Obra, recebeu a Rádio Boa Nova e partilhou a preocupação que é sentida de um modo geral por “alguns pais e pessoas que cuidam”, porque  que não estão de acordo com o facto de abertura acontecer tão cedo. “Creio que não é uma decisão pacífica”, referiu a directora técnica, colocando algumas reservas na questão em torno dos distanciamentos que são necessários entre as crianças.

“A questão dos brinquedos e da higienização e de os pais não poderem trazer brinquedos, não é difícil. E  de higienizarmos mais do que fazíamos, também me parece que o grande problema não reside aí”, comentou.

Para a directora técnica “o grande problema reside  nas crianças de um ano e até dois anos perceberem porque é que não podem brincar. É  evidente que nós conseguimos retirar peluches e brinquedos não laváveis ou desinfetáveis. Não acho que isso seja complicado. Agora, fazer com que uma criança não brinque uma com outra ou não se aproxime… essa dificuldade para mim é muito maior ou mais difícil”.

Para abertura da creche no dia 18 de maio, Isabel Almeida referiu à Rádio Boa Nova que foram auscultados todos os pais das 72 crianças que já frequentavam a creche. Boa parte,  até decidiu que “inicialmente os filhos poderiam vir, mas depois foram dizendo que optaram por ficar porque encontraram uma ou outra solução”.

“Nós temos à volta de 6 a 10 crianças a vir. São poucos, mas vai  ajudar-nos a ajustar”, referiu,

À Rádio Boa Nova, a responsável lamentou que “os normativos estejam a chegar muito tarde”. “ Hoje está a chegar tudo e já é quarta-feira. Estamos a informar os pais e dar a formação aos nossos colaboradores. Isto deveria ter sido feito com mais calma e com mais tempo. Há pessoas em sítio de poder que não ouvem quem está na realidade efectiva”, frisou.

“Felizmente temos espaços na instituição desde que foi remodelada, que nos vai permitir espalhar um pouco mais os grupos”, disse Isabel Almeida. Porém, a diretora técnica refere que uma dificuldade vai ser o número de colaboradores, já que os pais não entram e terão que  estar duas funcionárias à entrada para receber as crianças a medir a febre. As crianças deixam o calçado à entrada. E  as funcionárias da sala não podem vir buscar as crianças ao exterior.

Do conjunto de regras a cumprir, Isabel Almeida destacou algumas: a criança tem que ter duas mudas de roupa na instituição e calçado para uso na creche. Todos os colaboradores da instituição devem retirar a roupa e calçado que trazem do exterior.

À semelhança do que já acontecia em anos anteriores, a  creche vai estar em funcionamento no mês de agosto.

Prestes a abrir as suas portas, ainda em tempo de pandemia, Isabel Almeida tranquiliza os pais com a certeza de que toda a equipa vai “fazer o melhor e dar como garantia todos os cuidados”. “Quero garantir a maior tranquilidade possível”, sustentou.

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