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Carlos Antunes: “Fim de máscaras acelerou o aumento de casos”

Numa avaliação ao “ritmo da pandemia” em Portugal, o especialista Carlos Antunes constata que “o aumento de infeções segue a diferentes velocidades”, pelo que há regiões com “diferentes momentos de arranque da 6ª vaga pandémica”. O oliveirense, professor da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa não tem dúvidas de que “o fim das máscaras acelerou o aumento de casos que se verificou desde a semana passada”.

Na análise que publicou ontem, na sua página de facebook, Carlos Antunes verifica que o aumento de casos na região Norte começou no início de abril”, verificando-se “uma a duas semanas depois as restantes regiões, com a exceção da Região Autónoma da Madeira que ainda não dá sinal de aumento de casos, o que é evidenciado pelo seu Rt”.

“Dado que os momentos de arranque e as velocidades de aumento de casos são diferentes, o fator “fim de máscaras” pesa de forma diferente. Contudo, somos levados a acreditar que acelerou o aumento de casos que se verificou desde a semana passada”, considera o especialista.

Carlos Antunes alerta que “o número de óbitos está a aumentar, com a região Norte a contribuir com elevado peso, sendo que, no dia 10 de maio, contribuiu com 15 dos 27 óbitos registados”. É por isso “natural, que à medida que as restantes regiões aumentarem o ritmo de subida do número de casos e, consequentemente, a respetiva incidência, irão também contribuir para o aumento de óbitos”.

O especialista avança também que “todas as faixas etárias verificam aumentos de incidência, mas de todas destacam-se as faixas de 10-29 anos, seguidas das restantes a um ritmo mais lento”.

Numa comunicação anterior, no dia 10 de maio, Carlos Antunes já tinha adiantado que Portugal regista “a maior taxa de incidência do mundo, de 1700 casos por 100 mil habitantes a 14 dias, tendo ultrapassado nos últimos dias a Nova Zelândia e a Austrália”.

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