A Cáritas Portuguesa inicia hoje o seu Peditório Público Nacional de quatro dias, que visa angariar fundos para apoiar milhares de famílias carenciadas.
O peditório integra a Semana Nacional Cáritas, que termina no domingo e que, este ano, tem como tema “Uma Só Família Humana, Cuidar da Casa Comum”.
Em declarações à agência Lusa, o presidente da Cáritas, Eugénio Fonseca, adiantou que a Semana Nacional da Cáritas tem duas dimensões: “a sensibilização da opinião pública para aquilo que são as preocupações e as propostas da Cáritas” e o peditório, que visa angariar fundos para apoiar o trabalho da organização junto dos mais desfavorecidos.
No primeiro semestre de 2017, a rede nacional Cáritas atendeu mais de 68 mil pessoas. Eugénio Fonseca verifica que, “apesar de na sociedade portuguesa existirem sinais de melhoria das condições de vida, vemos que as famílias que chegam à Cáritas têm problemas sociais mais graves, em particular em matéria de trabalho e sobre-endividamento, seja por terem recursos insuficientes para fazer face às suas despesas correntes, seja por terem piores condições laborais”.
Segundo a Cáritas, esta realidade é “ainda mais preocupante nos jovens”, como demonstra o relatório conjunto da Cáritas Portuguesa e da Cáritas Europa “?Os jovens na Europa precisam de um futuro”, divulgado na terça-feira.
O relatório aponta que, em Portugal, os jovens são confrontados com situações de desemprego, empregos precários, contratos irregulares e baixos salários”, o que torna “muito difícil” um jovem conseguir suportar os custos de habitação.
No ano de 2017 o Peditório Público angariou 194,5 mil euros, que foram aplicados nos diferentes projetos diocesanos de apoio à população fragilizada.
A Cáritas em Portugal é composta por mais de 1.400 colaboradores profissionais, cerca de 100 dirigentes e conta com a colaboração regular de cerca de 250 voluntários e mais de quatro mil voluntários ocasionais.