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Campeonato de Hóquei retoma em abril. Direção do FCOH preocupada com consequências da longa paragem

O Campeonato da 3ª Divisão de Hóquei em Patins, onde joga o Futebol Clube de Oliveira do Hospital (FCOH), retoma em abril, após uma paragem de quatro meses devido à pandemia da Covid-19.

Em declarações à Rádio Boa Nova, Jorge Gouveia, diretor da Secção de Hóquei em Patins do FCOH, adiantou que está previsto o campeonato retomar a 18 de abril e terminar em julho, de acordo com o novo planeamento, delineado após reuniões entre Federação de Patinagem de Portugal e os clubes envolvidos.

“Começamos a ver uma luz ao fundo do túnel”

Jorge Gouveia, satisfeito com o regresso da competição, refere que é necessário “dar andamento neste campeonato para ver se termina”. Por outro lado, mostra-se preocupado com as consequências que podem advir da longa paragem, nomeadamente lesões e falta de treinos. “Esse é o grande problema”, começa por dizer.

“Se estamos parados desde dezembro, os próprios atletas acabam por não estar a fazer um treino intensivo. Mesmo que queiram estar em ginásios, não conseguem. Não têm onde treinar. Quando retomarem, vai haver uma grande vontade de recomeçar em grande porque, de facto, querem recuperar quatro meses de paragem. Vai ditar que as lesões podem acontecer. Vão querer estar na melhor performance para poderem começar a encarar os jogos como eles sabem. No caso do Hóquei em Patins, demoram algum tempo na sua recuperação e a preparação física é fundamental”.

No caso específico do FCOH, a equipa não dispõe de um local próprio para treinar e jogar, utilizando, por isso, o Pavilhão Municipal. Face a esta situação, torna-se difícil retomar os treinos, uma vez que o país se encontra em confinamento geral e os equipamentos municipais estão encerrados.

A esta altura, o diretor da Secção adverte que “as equipas podem ficar desfalcadas por lesões”, que “vão existir jornadas duplas em fins-de-semana”, jogos em feriados e que poderá haver a “necessidade de haver jogo durante a semana”.

“Poderemos ter, durante uma semana, três jogos e isso vai dificultar bastante o planeamento interno dos clubes”.

Por outro lado, Jorge Gouveia realça que “há atletas que trabalham e que não têm disponibilidade de tempo para a necessidade de se fazerem jogos durante a semana”. “Além disso, estamos muito longe dos outros clubes, o que implica muitas horas e quilómetros de viagem”, reforçou.

“Vamos tentar prepararmo-nos ao melhor para que possamos terminar o campeonato, que será o mais importante”, concluiu.

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