A agressão, que deixou um jovem de 18 anos em situação de coma induzido esteve, ontem, em discussão na reunião pública da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital. Sandra Fidalgo, vereadora do PSD/ CDS_PP foi a primeira a presentar “uma nota de repúdio” à agressão “para com o aluno da Eptoliva”, desejando as “melhoras ao jovem oliveirense.
Sandra Fidalgo manifestou, assim, a sua preocupação pela “falta de segurança no exterior das escolas”, recordando que já antes da pandemia “havia muitas ocorrências junto às piscinas municipais com alunos do AEOH e da Eptoliva”, muitas vezes obrigando à intervenção da GNR. A vereadora da oposição constatou que, em período de confinamento, a situação acalmou, mas que agora se voltou a agravar. Defendeu que “é necessário reforçar o apoio da Escola Segura” por parte da GNR.
A situação também mereceu o “lamento” do presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital, que se mostrou solidário para com a família e disse estar a acompanhar o processo junto da direção da Eptoliva. José Francisco Rolo garantiu que da parte da CPCJ, estrutura a que preside, tem sido “insistentemente” dada importância à necessidade de reforçar o patrulhamento das áreas escolares, tendo já nesta semana “reforçado o pedido de patrulhamento” junto do comandante da GNR de Oliveira do Hospital.
“Precisamos de espaços seguros. Não podemos compactuar com a violação grosseira desses espaços de civismo. Seremos firmes e resolutos a pedir o reforço (de patrulhamento).
Graça Silva, vereadora da Educação associou-se, ontem “ao repúdio” manifestado por Sandra Fidalgo, que também teve oportunidade de partilhar em reunião do Conselho Municipal da Educação. Para a vereadora é determinante que se voltem a ver junto às escolas os carros “da Escola Segura”. “Deixámos de os ver”, lamentou Graça Silva que na quarta-feira anterior ao episódio de agressão tinha contactado o Destacamento Territorial da GNR da Lousã para saber o planeamento de ações da Escola Segura, tendo sido informada da dificuldade daquela estrutura em planear ações nos dois últimos anos.
Para Graça Silva a agressão ocorrida “é uma situação que nos deixa a todos desolados”. Garantiu não baixar os braços, tendo já agendado uma reunião com os diretores das escolas do concelho e o Destacamento da GNR da Lousã para que haja o reforço de patrulhamento em Oliveira do Hospital.
A falta de elementos para patrulhar as escolas , em contraste com o número de elementos da GNR que acompanha os trabalhos da colocação de gás natural na cidade constitui motivo de “estranheza” para o vereador do PSD / CDS-PP, Francisco Rodrigues. Defendeu que “há situações não devem ser descuradas”, logo sendo esclarecido pelo presidente da Câmara Municipal que o Município nada tem a ver com a presença de militares junto à obra, já que a sua contratação foi feita pela empresa Visabeira.
Na ocasião, o vice-presidente, Nuno Oliveira condenou que a GNR esteja a ser vista como bode expiatório desta situação, defendendo antes que todos devem refletir sobre o assunto. “Todos somos responsáveis”, afirmou.