O projeto de remodelação e ampliação do edifício da antiga Escola Primária de Percelada, que vai dar lugar à Oficina de Artes do Palco, estará concluído no primeiro trimestre de 2024, e tem como objetivo descentralizar a cultura em Tábua, afirmou o Município em declarações à Agência Lusa.
“É um projeto que efetivamente tem como objetivo prioritário descentralizar a cultura no nosso concelho e possibilitar estas ofertas artísticas aos tabuenses”, disse o presidente da Câmara Municipal de Tábua, Ricardo Cruz.
A ideia passa pela criação de um espaço cultural dotando-o de condições e equipamentos para o desenvolvimento de atividades formativas em artes de palco, como, por exemplo, a dança, a música, o teatro e outras artes performativas.
A iniciativa, que inclui a requalificação da antiga Escola Primária de Percelada, na União de Freguesias de Covas e Vila Nova de Oliveirinha, envolve um investimento de cerca de 204 mil euros, apoiado no âmbito da Medida LEADER do PDR (Programa de Desenvolvimento Rural) 2020, através do GAL (Grupo de Ação Local) da ADIBER (Associação de Desenvolvimento Integrado da Beira Serra).
A Oficina de Artes do Palco vai poder acolher grupos de atores amadores para o ensaio das suas peças de teatro, assim como para a realização de espetáculos.
De acordo com a Câmara Municipal de Tábua, aquilo que se pretende é que este espaço se afirme como um polo dinamizador de cultura, proporcionando a descentralização desta atividade, possibilitando ao público das aldeias o acesso a peças de teatro e outros eventos de cariz cultural.
Outro dos propósitos passa por criar condições facilitadoras da cooperação entre os agentes culturais, a cocriação, o envolvimento da comunidade e desenvolvimento das indústrias culturais e criativas.
A atividade da Oficina de Artes do Palco vai ser articulada com a dinâmica já realizada a partir do Centro Cultural de Tábua (CCT).
O município de Tábua quer que o concelho seja um palco cultural vibrante e multicultural, reconhecido pela sua capacidade de inovação na integração de diferentes expressões artísticas e da valorização da tradição e da modernidade, como âncora para a inclusão e mobilização da comunidade.
“A comunidade será o elemento âncora da ativação deste palco, valorizando todas as dimensões da arte e da cultura, tradicionais e modernas, e garantindo a sua apropriação e reinvenção em conjunto com os agentes culturais do concelho e externos”, refere à agência Lusa a Câmara.
A obra inclui a criação de um pequeno auditório, onde vão ser desenvolvidas as atividades culturais, um espaço para a dinamização de oficinas, camarins e instalações sanitárias. O local será dotado de equipamentos de som e luz, assim como, mobiliário indispensável ao funcionamento do mesmo.
- com Lusa