A Câmara de Penacova defende a necessidade de obras de requalificação da Estrada Nacional 110 (N110), que liga aquele concelho a Coimbra, acompanhando o leito do rio Mondego.
O presidente da Câmara de Penacova, Álvaro Coimbra (PSD), reuniu com o secretário de Estado das Infraestruturas para defender obras de reabilitação daquela estrada, tendo entregado “um relatório minucioso, elaborado pelos serviços técnicos do município, onde são apontadas várias patologias decorrentes do mau estado de conservação e manutenção” daquela via, afirmou o município numa nota de imprensa enviada à agência Lusa.
“Entre os principais problemas identificados, o relatório destaca os vários taludes e deslizamentos de terra que estão por resolver, muros de suporte derrubados e outros com fissuras e sinais de instabilidade”, salientou aquela autarquia do distrito de Coimbra.
Os serviços registam também “guardas metálicas danificadas, sinalização horizontal com desgaste elevado e sinalização vertical a necessitar de ser substituída, múltiplas fissuras no pavimento, obstrução de valetas, faixas de gestão de combustível e limpeza de bermas deficientes”.
Citado na nota de imprensa, Álvaro Coimbra considerou que “a falta de manutenção e conservação tem acelerado a degradação da estrada e isso salta à vista de todos”.
“O relatório que entregámos ao senhor secretário de Estado é inequívoco quanto à necessidade de intervir nesta estrada. Julgo que as patologias identificadas põem em causa a segurança dos automobilistas e isso não pode ser subestimado”, referiu.
O autarca salientou que aquela estrada “ainda é uma ligação importante”, servindo diariamente “várias linhas de transportes públicos” e atravessando “várias localidades ribeirinhas dos municípios de Penacova e Coimbra”.
“Além disso, hoje em dia, é um percurso muito utilizado pelos amantes das bicicletas e pelos turistas que procuram a paisagem do vale do Mondego”, destacou. Segundo a nota de imprensa, na reunião, foi também recordado um estudo de 1999 que apontava para a reabilitação da N110 como “itinerário de interesse turístico e patrimonial”.
“Nesse estudo, eram sugeridas várias intervenções para aumentar a segurança dos utilizadores e, ao mesmo tempo, introduzir traços distintivos que a posicionassem no que então se designou chamar de ‘Estradas Património'”, frisou Álvaro Coimbra, referindo que o estudo propunha a criação de zonas de descanso com mobiliário urbano, “piso diferenciador à entrada das localidades e reabilitação de fontenários e marcos quilométricos”.
Para Álvaro Coimbra, essa proposta continua “a fazer muito sentido” por a estrada ser cada vez mais “um itinerário turístico”.
/// Lusa