No espaço de opinião Ca$h Resto Z€ro, desta sexta-feira, Vítor Neves centra-se na pandemia de Covid-19 e, de modo particular, nas “pessoas infetadas que são capazes de ir às compras, de ir ao supermercado”. Entende que “quem assim procede, só deverá entender a estupidez do que está a fazer, com duas bofetadas, daquelas beirãs, das antigas”.
“Como olhar para o que quer que seja, que não seja olhar para o drama que se vive em Portugal, sob uma pandemia que coloca ambulâncias em fila à porta dos hospitais? Hospitais que rebentam pelos canos de oxigénio, cada dia mais cheios de doentes, num dia após dia, em que contamos mortes às centenas.
Como olhar para o que quer que seja, que não seja isto?
E, mesmo sob a desgraça que nos envolve a todos, há pessoas infetadas que são capazes de ir às compras, de ir ao supermercado. Com a impaciência pandémica que também já nos infeta, apetece-me dizer que, quem assim procede só deverá entender a estupidez do que está a fazer, com duas bofetadas, daquelas beirãs, das antigas.
O que estou a dizer também é estúpido. Mas, é uma estupidez limitada a um desabafo. Coisa pouca comparada com a estupidez das pessoas que não respeitam a saúde e a vida e do seu semelhante.
Esta pandemia é um espelho, onde se pode ver, que a nossa saúde cívica também está doente, muito doente. Como era bom que o vírus, em vez de matar pessoas, matasse a estupidez”.
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