No habitual espaço de opinião Ca$h Resto Z€ro, Vítor Neves recorda que, em outros anos, a preocupação “era com o tempo” porque “não podia chover” na Festa do Queijo de Oliveira do Hospital. Ainda que considere que a festa online seja “um grito de resistência”, entende que tal “não é solução para que a Festa seja Festa e as pessoas visitem o interior”
“Em outros anos, por estes dias, a nossa preocupação era o tempo. Não podia chover. Hoje, a nossa preocupação é a Internet, se temos rede ou não temos rede.
A Festa do Queijo, o maior evento anual de Oliveira do Hospital estava, por esta altura a chegar. E nós queríamos sol para estar todos juntos com a cidade cheia de gente, de alegria, de encontros e de compras e vendas.
A salvação e o futuro do interior é ter pessoas. As Feiras do queijo, em fevereiro e março, enchiam a Beira Interior de pessoas. E com as pessoas tudo parece possível, tudo ganha outro brilho, tudo saber melhor, até o Queijo Serra da Estrela. O digital, a internet, é um grito de resistência, de resiliência, mas não substitui, nem é solução para que a Festa seja Festa e para que as pessoas visitem o interior e brindem à volta da mesa, onde é obrigatório estar o Dão, a Broa e o Queijo.
Maldito vírus.
Viva a Festa”.
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