No habitual espaço Ca$h Resto Z€ro, Vítor Neves olha esta sexta-feira os profissionais da cultura que, por causa do vírus, se encontram “sem nada para fazer e sem dinheiro para receber”.
“Este é o momento do poder público mostrar que tem cultura no coração”, defende.
“ O vírus cancelou feiras do livro, festas populares, espectáculos de música e alegria. O vírus fechou cinemas, teatros e outros eventos da nossa cultura, da nossa folia. Este ano não teremos o junho do Santo António, do S. João, do S. Pedro e do balão.
Há atores, escritores, músicos sem nada para fazer , sem dinheiro para receber. Falta-lhes o pão.
Há técnicos, operadores, auxiliares e montadores sem nada para fazer, sem dinheiro para receber, falta-lhes o pão.
A nossa cultura, a nossa festa, os nossos ajuntamentos eram o pão de toda esta gente.
Os autarcas que tanto têm feito no combate a esta pandemia têm que ajudar esta gente a não passar fome. E têm que mostrar ao governo e à Ministra da Cultura que estão enganados, que andam enganados.
O fazer dos escritores, dos atores e dos músicos é o nosso lazer e o nosso prazer. Não podemos esquecer. Uma vida sem cultura é uma vida sem alma e sem emoção.
Este é o momento do poder público mostrar que tem cultura no coração”.
“Ca$h Resto Z€ro” – Um olhar sobre a política, a economia e as pessoas.
Por Vítor Neves na Rádio Boa Nova.