O primeiro alerta surgiu em novembro, mas grupos de cães continuam a atacar ovelhas no concelho de Oliveira do Hospital. De acordo com o vereador do PSD na Câmara Municipal, …
… um produtor, em Seixo da Beira, já sofreu sete ataques ao seu rebanho, somando prejuízos de 40 mil Euros.
Na última reunião do executivo municipal, João Paulo Pombo Albuquerque disse que são vários os produtores a queixarem-se dos ataques dos canídeos, sendo que no dia anterior tinham ocorrido mais dois ataques na zona da Cordinha, que resultou na morte de nove ovelhas.
De modo particular, o vereador do PSD deu o exemplo de um produtor de Seixo da Beira que chegou a visitar. “Fiquei atónito com o que vi, animais mortos, outros a morrer, a abortar, crias a nascerem de animais mortos. Um cenário dantesco de que trago algumas fotos”, referiu João Paulo Albuquerque, notando que os sete ataques que o pastor sofreu, dizimaram a totalidade do rebanho. “Era dos pastores que mais queijo certificava no concelho”, referiu, lamentando que ainda não tenha conseguido ajudas, apontando o dedo à Ancose que tem “feito ouvidos moucos aos seus apelos”. “Este produtor contabilizou mais de 40 mil euros de prejuízos. A pessoa nunca foi contemplada com ovelhas, ração…”, comentou.
José Carlos Alexandrino, presidente do Município, recordou ao vereador o “apoio de 1000 euros” que o próprio vereador votou. O autarca disse que a “a pessoa tem sido acompanhada pela Câmara Municipal”. “Sei que sofreu grandes prejuízos e teve muitas ovelhas mortas. Temos estado a tentar ajudar”, afirmou José Carlos Alexandrino desconhecendo o valor total do prejuízo.
O autarca oliveirense disse assistir a estes ataques com preocupação. Adiantou que têm sido feitos esforços para encontrar os cães e que a própria Câmara adquiriu uma arma para adormecer os animais, mas que também não há pessoas aptas a utilizá-la. A situação torna-se ainda mais grave pela dificuldade em encontrar os canídeos. José Carlos Alexandrino adiantou que, segundo o pastor, os cães se deslocam “com grande mobilidade”. O caminho passa por organizar uma “batida” tal como sugerido pelo Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da GNR.
João Paulo Pombo Albuquerque disse que também nunca viu os animais e mostrou-se disponível para todas as soluções que venham a ser encontradas, porque os cães têm atacado os rebanhos, “mas podem vir a atacar pessoas e até crianças”.