A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Oliveira do Hospital comemorou, ontem, 94 anos em ambiente de festa e muita emoção. A importância da formação e de captação de um maior número de jovens esteve em destaque numa comemoração onde foram enaltecidos os projetos da fanfarra de bombeiros e da escolinha, responsáveis por aproximar os jovens e as suas famílias da corporação da cidade.
Em dia reservado a condecorações e distinções e à bênção de duas novas viaturas, o presidente da direção Arménio Tavares, sublinhou o trabalho feito pela direção que lidera há 16 anos de melhoria das condições ao serviço do corpo de bombeiros, sempre numa lógica de rigor financeiros que mais uma no possibilitou à corporação atingir um “resultado positivo”.
Apostado na formação dos mais de 100 bombeiros ao serviço da corporação, o comandante da corporação de bombeiros, Emídio Camacho revelou-se sobretudo preocupado com os critérios de admissão de novos bombeiros que na sua opinião devem ser “revistos”. Sobre a ação desenvolvida pelo corpo de bombeiros em 2015, o responsável deu conta do registo de 157 saídas para combate a fogos florestais, 1403 serviços de emergência, 5520 saídas para transporte de doentes, em mais de 726 mil quilómetros percorridos. Em matéria de fogos florestais, Emídio Camacho informou que a área ardida em 2015 foi de 11,7 hectares.
Quase centenária, a Associação Humanitária juntou em mais um aniversário a Federação Distrital dos Bombeiros e o comando distrital da Proteção Civil. António Simões, da Federação. Elogiou em particular a “dignidade” com que a coloração já habituou em cada comemoração. Carlos Luís Tavares, comandante distrital da Proteção Civil, por sua vez veio a Oliveira do Hospital agradecer a “garra e dedicação” do corpo de bombeiros.
Diante da família dos bombeiros oliveirense, Gil Barreiros, vice presidente da Liga de Bombeiros Portugueses defendeu a importância da “formação” no corpo de bombeiros “voluntários” com vista à prestação de um socorro cada vez mais “profissional”. Exige que os bombeiros sejam vistos como a “coluna vertebral do socorro” e considera “injusto” que um bombeiro ganhe 1,30 Euros/h no combate aos fogos, “arriscando a vida em cada momento”.
Foi com “um profundo sentimento de gratidão” que o presidente da Câmara Municipal participou em mais uma comemoração dos 94 anos dos bombeiros da cidade. “O vosso trabalho não tem preço. Não há dinheiro que pague”, frisou. José Carlos Alexandrino manifestou total abertura do município para um “trabalho conjunto” na prestação do socorro às populações do concelho.