O bispo de Coimbra, Virgílio Antunes, criou a Comissão para a Proteção de Menores e Adultos Vulneráveis (CPMAV),…
… que já teve uma primeira reunião, disse hoje à agência Lusa o vigário geral da Diocese.
Pedro Miranda, juiz do Tribunal Eclesiástico, adiantou que os seis membros da nova estrutura diocesana, criada através de um decreto de Virgílio Antunes, participaram num primeiro encontro, na semana passada, “para apresentar a comissão” e em que se conheceram entre si.
Segundo o documento episcopal, cabe à CPMAV “promover ações de sensibilização dirigidas a pessoas e instituições de modo a criar-se uma cultura de prevenção do abuso sexual”, entre outros objetivos, no âmbito da Diocese de Coimbra.
Fazem parte da Comissão para a Proteção de Menores e Adultos Vulneráveis a advogada e professora universitária Alexandra Vilela, a advogada Inês Maurício, o padre jesuíta Miguel Gonçalves Ferreira, o padre e pároco da Lousã Orlando Martins, a pedopsiquiatra Sara Pedroso e a psicóloga clínica Marta Neves, coordenadora do órgão.
“Em comunhão com a Igreja Universal, a Diocese de Coimbra está totalmente empenhada em erradicar os abusos de menores e de adultos vulneráveis, pois constituem um crime e um gravíssimo atentado contra a pessoa humana, que atraiçoa a confiança dos fiéis”, afirma Virgílio Antunes no decreto, emitido no sábado, coincidindo com a apresentação da comissão, a cujos trabalhos o bispo presidiu.
A comissão coordenada por Marta Neves fica incumbida de “acolher, escutar e encaminhar as denúncias de abuso sexual e de autoridade cometido em âmbito eclesiástico sobre menores e outras pessoas vulneráveis”, devendo ainda “acompanhar todas as pessoas envolvidas, tanto no processo de abuso como na sua denúncia, de modo especial os que se encontram na situação de vítimas, e proporcionar-lhes apoio psicológico, social, espiritual, jurídico e pastoral”.
Com esta iniciativa, seguindo as diretrizes da Conferência Episcopal Portuguesa, Virgílio Antunes responde às determinações do papa Francisco para serem criadas, em todas as dioceses, “um ou mais sistemas estáveis e facilmente acessíveis ao público” para prevenir o abuso sexual e de autoridade cometido em ambiente eclesiástico sobre menores e outras pessoas vulneráveis.
Com um mandato de três anos suscetível de renovação, a CPMAV tem sede na Cúria Diocesana, na rua do Brasil, em Coimbra.