O menino de dois anos e meio que esteve desaparecido desde quarta-feira, no concelho de Idanha-a-Nova, encontra-se consciente, lúcido e bem-disposto e vai ficar internado por “precaução” e “para estabilizar um quadro de desidratação”, informou o Hospital de Castelo Branco.
Segundo detalhou, o menino ficará internado no serviço de Pediatria daquela unidade de saúde, onde foi observado assim que deu entrada. A médica informou ainda que os pais estiveram a acompanhar a criança.
O bebé Noah chegou ao hospital desidratado e com algumas escoriações no abdómen, dorso e pés, mas “está fora de perigo”, como garantiu fonte do Hospital de Castelo Branco na manhã desta sexta-feira.
A criança terá desaparecido na quarta-feira da casa dos pais, situada a cerca de 1,5 quilómetros do núcleo central da localidade de Proença-a-Velha, concelho de Idanha-a-Nova, e esteve desaparecida cerca de 35 horas.
Depois de uma operação de busca em larga escala, o menino foi encontrado esta quinta-feira, pouco antes das 20h00, num “setor de busca que foi alargado”, a quatro quilómetros de casa em linha reta, ainda na zona de Proença-a-Velha, mas muito próximo da povoação de Medelim. “Existe a possibilidade de ter percorrido uma distância de 10 quilómetros”, disse o responsável das operações de busca, numa declaração aos jornalistas.
As buscas foram iniciadas ainda na manhã de quarta-feira e os meios foram sendo reforçados, sendo que, durante a tarde de quinta-feira, chegaram a envolver centena e meia de elementos.
Em declarações à Lusa, ao início da noite, o coordenador daquela unidade policial, José Monteiro, explicou que o menino “foi encontrado com vida, num desaparecimento que deverá ser considerado espontâneo”. “Tem muita consistência a hipótese de se ter tratado de um desaparecimento espontâneo porque não foram, até ao momento, recolhidos quaisquer indícios da ocorrência de uma intervenção criminosa em todo este processo”, disse.
Questionado sobre se acredita que a criança tenha feito sozinha todo o percurso até ao local onde foi encontrada, José Monteiro diz que, neste momento, “não tem grandes dúvidas” de que se terá tratado de “uma ausência natural, sem a presença de terceiros”, declarou.
O responsável explicou ainda que, apesar de a criança ter estado desaparecida durante quase dois dias, do ponto de vista da investigação, foi “uma situação relativamente curta”. “Para nós não foi detetado qualquer elemento que nos permita, sequer, verificar ali qualquer responsabilidade explícita pelo crime de abandono ou exposição”, concluiu.