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Beiras e Serra da Estrela rejeita carta de perigosidade de incêndio

O presidente da Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela (CIM-BSE), Luís Tadeu, manifestou hoje “completa rejeição” pela carta de perigosidade de incêndio que coloca os territórios “praticamente todos a vermelho”.

Luís Tadeu, que falava no período de antes da ordem da Assembleia Intermunicipal da CIM-BSE, que decorre em Figueira de Castelo Rodrigo, no distrito da Guarda, em resposta a deputados que falaram do assunto, disse que o documento coloca os territórios “praticamente todos a vermelho”.

Como exemplo, referiu que se um pastor quiser reconstruir um “barraco” para um ovil “não pode” ou, então, “as Assembleias Municipais têm de declarar o Interesse Municipal de um ovil”.

O mesmo documento, acrescentou, também impede a utilização de rotas pedestres previamente executadas pelas autarquias.

O responsável adiantou que a CIM-BSE e as Comunidades Intermunicipais do Douro, Dão Lafões e Coimbra, já fizeram sentir as queixas, o lamento e a sua repulsa pelo documento.

“A nossa posição [do Conselho Intermunicipal da CIM-BSE] relativamente a esta cartografia é de completa rejeição, por aquilo de nefasto que traz para os nossos territórios”, afirmou.

O assunto também foi abordado pelo presidente da Câmara Municipal de Figueira de Castelo Rodrigo, Carlos Condesso, nas boas-vindas aos deputados da Assembleia da CIM-BSE.

O autarca considerou “inadmissível” a aprovação da carta de perigosidade de incêndio rural “à revelia dos autarcas” e de todos os agentes do território, que “pode limitar” os investimentos e a atividade lúdica e turística.

“Os concelhos estão todos praticamente pintados a vermelho”, alertou Carlos Condesso.

O autarca anfitrião também apelou aos deputados que valorizem a CIM-BSE por considerar que é necessário existir “uma estratégia coletiva” que passe também pelos territórios do Douro, em concreto pelos concelhos de Figueira de Castelo Rodrigo e Mêda.

No período de antes da ordem do dia, o deputado Cláudio Rebelo (Mêda) disse que não se identifica com a CIM-BSE e que deve ser feito “um debate sério”.

Rui Ribeiro (Guarda) disse que a CIM-BSE “é hoje uma instituição opaca” e defendeu “mais partilha de informação”.

O deputado Nuno Pedro (Covilhã) alertou que a discussão em torno da CIM-BSE “que acontece sempre no início dos mandatos” não se deveria colocar porque “o destino é comum”.

Na resposta aos deputados, o presidente da CIM-BSE, Luís Tadeu, afirmou: “Aquilo que nos une é mais do que aquilo que nos divide”.

LUSA

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