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Beiras e Serra da Estrela com quatro meios aéreos na fase mais crítica

Nos 15 concelhos das Beiras e Serra da Estrela estarão disponíveis no período mais crítico dos incêndios florestais 847 operacionais, 250 veículos e quatro meios aéreos, revelou hoje a Proteção Civil.

Os meios estarão mobilizados entre 01 de julho e 30 de setembro, na denominada fase Charlie, aquela que exige maior empenho operacional.

O segundo-comandante do Comando Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil das Beiras e Serra da Estrela, João Rodrigues, salienta que “é um dispositivo flexível podendo ser aumentado consoante o risco de incêndio”.

Os meios aéreos estarão localizados na Guarda, Mêda, Seia e Covilhã.

O Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR) 2024 para a área da Comunidade Intermunicipal Beiras e Serra da Estrela (CIM-BSE) foi apresentado esta manhã em Gouveia, no distrito da Guarda, com a presença do secretário de Estado da Proteção Civil, Paulo Simões Ribeiro.

O governante salientou que durante a fase mais crítica os operacionais estarão “em prontidão para dar o seu melhor e servir no território”.

Aos jornalistas, Paulo Simões Ribeiro lembrou a importância da prevenção e frisou o papel dos privados e das autarquias locais na redução de possíveis situações que contribuam para a existência de ocorrências.

“Estou certo de que estão a fazer tudo o que seja possível para minorar e para criar condições para que possam ocorrer essas ocorrências”, sustentou.

Para o presidente da CIM-BSE e também presidente da Câmara Municipal de Gouveia, Luís Tadeu, o dispositivo apresentado “será sempre suficiente se a mão humana não for a responsável, como é”.

O autarca salientou que “podiam até ser dois mil homens e não iria resolver nada porque depende das pessoas”.

Luís Tadeu defendeu que é necessário consciência e cuidado por parte das pessoas para não provocar situações. “No ano passado correu bem. Aquilo que acontecerá depende muito daquilo que elas fizerem. Talvez pelo resultado de 2022 as pessoas tiveram mais cuidado. É isso que é mais importante”.

O dirigente da CIM admite algum receio relativamente ao próximo verão tendo em conta as características do último inverno. “Neste território nos invernos muito chuvosos e com neve há muito material disponível. Depende da mão humana”, insistiu.

Luís Tadeu assinalou ainda que dois anos depois do grande incêndio da serra da Estrela “há maior articulação entre as entidades parceiras e uma maior capacidade de reação”.

LUSA

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