Uma mulher, com 22 anos, deu à luz, uma menina na Urgências do Hospital da Fundação Aurélio Amaro Diniz, cerca das 07h00 da manhã de hoje. Allyson Oliveira, médico que assistiu a jovem mãe de Lagos da Beira disse à Rádio Boa Nova que o parto correu bem e que a bebé nasceu “perfeita e saudável”.
Com sinais de que o nascimento do segundo filho estaria para breve, a jovem acorreu ao serviço de urgências que no período noturno é assegurado pela FAAD. De acordo com o médico Allyson Oliveira, a mulher chegou cerca das 06h20 “com dores e contrações, mas não tinha rutura da bolsa, nem perda de líquidos”. À Rádio Boa Nova, esta manhã contou que o trabalho de parto da jovem com cerca de 22 anos “evoluiu bem”, pelo que optou por não encaminhar a grávida para a Maternidade, mor achar que não daria tempo . “Ficar no hospital foi o mais seguro para ela e para a bebé”, contou.
Allyson Oliveira conduziu o parto com o apoio do enfermeiro Mário. “Foi um parto normal. A bebé nasceu perfeita, saudável. Correu tudo em boas condições”, contou o médico à Rádio Boa Nova, dando conta da sua satisfação por ter ajudado a “trazer uma criança ao mundo”. “É sempre uma alegria”, contou, referindo que a jovem mãe logo chamou a pequena bebé com o nome “Núria”. A mãe e a filha foram depois encaminhadas para a maternidade Daniel de Matos, em Coimbra.
Diante deste caso, o médico que presta serviço de urgência no hospital da FAAD considera que “o serviço de urgência é extremamente importante e tem que funcionar 24 horas por dia porque a população precisa”.
Para Álvaro Herdade, presidente do Conselho de Administração da FAAD, o nascimento da bebé Núria é “uma boa nova” e a prova de que a FAAD tem “um bom serviço a funcionar”. Entende, contudo, que não podemos aceitar que “temos um serviço que funciona a 70 km”. “Temos que ter um serviço local que funcione nos momentos que são necessários”.
Como oliveirense, Álvaro Herdade espera que a situação melhore e que o concelho venha a dispor de um “serviço de urgência condigno com a região”. “Merecemos muito mais e é necessário que o poder olhe para o interior, com a necessidade de ter as mesmas ofertas que têm as pessoas dos grandes centros. Senão vamos assistir a uma maior desertificação e ninguém vai querer vir viver para Oliveira do Hospital com um serviço de urgências a 70 km. Vamos continuar a lutar”, afirmou.
À Rádio Boa Nova, o presidente da FAAD, adiantou que o hospital “está cá para dar solução às carências”. “Se a solução das urgências passa pela FAAD nós estamos cá para dar o nosso melhor. É isso que nos interessa, assistir a população e que a população não fique num beco sem saída”. Lamentou que “infelizmente a população vai para serviço de urgências, para um lado e para o outro, e fica lá abandonada e depois tem que vir de táxi para Oliveira do Hospital. Isto não serve de maneira nenhuma Oliveira do Hospital”, considerou.