O abastecimento de água à população de Oliveira do Hospital continua a ser assegurado por autotanques que, desde o final do dia de quinta feira, procedem ao transporte de água …
… para os reservatórios. A situação decorre do arrastamento de cinzas provocado pelas chuvas fortes, que obrigou ao corte de abastecimento a partir da Estação de Tratamento de Águas (ETA) na Nossa Srª do Desterro, no concelho de Seia.
Esta manhã, em declarações à RBN, o presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital disse que se “mantêm as circunstâncias”, que na sexta feira chegaram mesmo a provocar faltas de água em alguns locais do concelho, como Catraia de S. Paio, Meruge, Nogueirinha e outros locais. José Carlos Alexandrino adiantou que a situação da ETA “não melhorou” e o problema “não está resolvido”. Apela, por isso, à moderação no consumo para que não falte a água. A situação já obrigou ao encerramento das piscinas municipais aquecidas.
O problema não está resolvido, mas José Carlos Alexandrino acredita que não se irá agravar devido ao plano de emergência que se tem revelado eficaz. “A situação está difícil. Basta olharmos para os nossos rios e vermos que vão negros, cheios de cinzas”, referiu o autarca que tem estado a acompanhar o evoluir da situação junto da ETA “a todas as horas”. “Neste momento tenho quase 100 por cento de certeza” de que o abastecimento não vai falhar, referiu, admitindo que “poderá faltar água uma hora ou outra, mas temos ativo o plano de emergência”.
Até ao final do dia de sexta feira os seis autotanques envolvidos tinham procedido ao transporte de cerca de um milhão de litros de água para os reservatórios do concelho, número que aumentou de forma significativa no decorrer do fim de semana. O autarca destaca o “trabalho gigantesco” levado a cabo pelas corporações de bombeiros de Oliveira do Hospital, Lagares da Beira, Vila Nova de Oliveirinha e Côja, assim como da empresa “Transoliveira” e dos funcionários do setor de águas do município.