O Conselho Intermunicipal da CIM Região de Coimbra esteve reunido na Lousã, onde expressou ao presidente da Comissão Nacional de Acompanhamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), Pedro Dominguinhos, as suas preocupações e demonstrou as dificuldades na execução dos projetos no PRR alertando para a necessidade de o calendário do programa ser revisto.
Os autarcas manifestaram a sua grande preocupação, uma vez que em diversos projetos aprovados pelo PRR têm sido reportadas dificuldades sentidas para a execução dos mesmos por contingências de mercado, mas também por contingências administrativas por parte dos diversos organismos que gerem este instrumento.
Uma das causas passa pela conjuntura económica e financeira atual que, por via da inflação, alterou em muito os valores para execução dos referidos projetos. Esta realidade pode colocar em causa a execução das operações PRR, mas também a sustentabilidade financeira das entidades.
As áreas da habitação, da saúde e florestal são as que mais motivaram preocupação por parte dos autarcas, assim como a necessidade de desburocratização dos processos, por serem densos e burocráticos e levarem a um comprometimento dos prazos de execução dos projetos na Região de Coimbra.
“Devido à relevância desses investimentos para a região, é imprescindível que as preocupações levantadas sejam devidamente consideradas para garantir a efetiva aplicação dos recursos e o desenvolvimento e crescimento dos territórios”, afirma Emílio Torrão.
Ainda de acordo com o presidente da CIM Região de Coimbra “é essencial renegociar uma extensão do prazo do PRR por forma conseguir atingir os objetivos plenos subjacentes ao Plano de Recuperação e Resiliência, uma vez que o mundo mudou muito desde que o programa foi lançado e temos de nos adaptar”.
Pedro Dominguinhos realçou que, 2025 será o ano de “otimizar e agilizar a execução destes fundos”.
Durante a apresentação, Pedro Dominguinhos destacou que, até ao final de outubro, a Região de Coimbra tinha 12.066 candidaturas aprovadas no âmbito do PRR, com cerca de 682,7 milhões de euros comprometidos.
Segundo o responsável do PRR, a CIM Região de Coimbra é a segunda do país que mais fundos do PRR, per capita, consegue captar, o que demonstra a forte dinâmica e capacidade de trabalho da CIM e dos seus Municípios.