O Conselho Intermunicipal da CIM Região de Coimbra apoia a contestação do município de Soure contra a exploração de depósitos minerais de caulino no concelho, rejeitando um contrato assinado entre a Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) e a empresa privada Monte Vale Grande.
A Câmara Municipal de Soure deu, por três vezes, parecer negativo a esta pretensão de prospeção e pesquisa, entendendo que esta autorização deve ser revertida.
Em comunicado enviado à Rádio Boa Nova, a CIM Região de Coimbra adianta que “cumprindo o pressuposto de defender os interesses dos municípios associados, apoia o parecer negativo do Município de Soure, entendendo que a exploração deste tipo de minerais a céu aberto tem impactos negativos, não só no município onde é explorado, mas também em todos os que nos rodeiam”.
Os autarcas dos municípios da Região de Coimbra censuram este processo que “afetará a região no seu todo”. Na última reunião do Concelho Intermunicipal, manifestaram o seu “profundo desagrado e consternação, considerando que a celebração do contrato de prospeção e pesquisa de minerais caulinos na zona norte do concelho de Soure deveria ter tido em conta o parecer negativo do município de Soure, bem como a sua fundamentação, exigindo assim a sua imediata suspensão ou resgate do contrato”.
“Censuramos esta atitude, que põe em causa o cumprimento das leis de ordenamento do território, as pretensões das populações, podendo acarretar consequências para a saúde, para o património natural e para as infraestruturas rodoviárias municipais”, afirma Emílio Torrão, presidente do Conselho Intermunicipal da CIM Região de Coimbra.