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Autarca de Oliveira do Hospital queixa-se dos “custos insustentáveis” de recolha e tratamento de resíduos. Apela à deposição seletiva

O presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital considera “difíceis e insustentáveis” os custos associados à recolha e tratamento dos resíduos indiferenciados.

Com contas feitas, José Francisco Rolo expôs a preocupação na última Assembleia Geral da Associação de Municípios do Planalto Beirão. Em causa está “um acréscimo de custos de 7,2 por cento em relação a 2020 sem contar com os meses de novembro e dezembro”. “Em 2020, em custos de deposição, recolha, tratamento e participação em projetos foram 728.413,50 Euros. Este ano (2021), até outubro, o custo foi de 771.851,55 Euros”.

“Duvido que os Municípios tenham capacidade para sustentar. É impossível manter estes níveis”, afirmou o autarca na última reunião do executivo municipal, onde informou que o custo de recolha por tonelada é de 52 Euros, o custo de tratamento por tonelada é de 45 Euros, sendo que a Taxa de Gestão de Resíduos (TGR) é de 11 Euros e “vai passar para 22 Euros”. “Em 2007 eram 2 Euros, prevê-se que em 2050 passe para 35 Euros. Isto é um caminho insustentável”, referiu.

Adiantou que só no que respeita à Taxa de Gestão de Resíduos, entre 2020 e 2021, cresceu em 60 por cento do seu custo. “Se no ano de 2020, o custo do Município com a TGR foi de 71 mil Euros, só até outubro de 2021, o Município já tinha “efetivamente pago 114. 138, 30 Euros”.

José Francisco Rolo atribuiu o aumento dos custos à subida da Taxa de Gestão de Resíduos que “é uma imposição de Diretiva Comunitária para reduzir a produção de resíduos”, mas entende que “é impossível manter estes níveis”.

Para o autarca a “inversão passa pela valorização dos resíduos e da componente selectiva, porque deixam de ser custos e passam a ter valor”.

A par da subida de custos com os resíduos indiferenciados, Rolo repara que tem havido um “aumento crescente da deposição selectiva” e insiste na “recolha selectiva”.

Também o vereador da oposição (PSD/CDS-PP), Francisco Rodrigues defendeu que o caminho passa por valorizar a recolha seletiva, em detrimento dos resíduos indiferenciados”. “O que tem que ser feito é pressionar o Planalto Beirão para a sensibilização” que na sua opinião “não poder ser só junto da população escolar”.

Sobre o que tem sido feito nessa vertente, Rolo destacou o projeto dos biocombustores para serem distribuídos em cada casa e o plano de sensibilização que já permitiu a realização de cinco sessões em Oliveira do Hospital. “Claro que é importante valorizar a recolha seletiva” defendeu o autarca oliveirense.

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