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Autarca de Meruge propõe Moção contra a redução do horário de funcionamento dos CTT

A Assembleia Municipal de Oliveira do Hospital votou favoravelmente, com uma abstenção, na Moção proposta pelo presidente da Junta de Freguesia de Meruge que tem como objetivo “manifestar repúdio à medida dos CTT – Correios de Portugal em reduzir o horário de funcionamento” no posto daquela freguesia. A Moção será enviada à Administração dos CTT, aos grupos parlamentares da Assembleia da República e ao Ministro das Infraestruturas.

Para João Abreu, a decisão “fere gravemente o princípio do serviço público universal e constitui um violento ataque às populações, contribuindo para a desertificação dos territórios”.

“Em 13 de julho de 2022, a Junta de Freguesia de Meruge foi visitada pelo senhor José António Esteves Gonçalves, gestor comercial dos canais externos dos CTT que nos veio impor a redução para três horas diárias do funcionamento do nosso posto de correios e a redução para cerca de 300 Euros da remuneração associada”.

Assim, “tendo em conta que um dos prossupostos para a celebração da parceria para prestação de serviços era a proximidade dos CTT às populações”, o autarca questiona a “mudança de paradigma e o manifesto afrontamento dos princípios do serviço público”. A criticar a “vertente financeira e do lucro” dos Correios de Portugal, João Abreu entende que “esta medida dos CTT vem contrariar o manifesto de interesse das populações ao mesmo tempo que denuncia a lógica subjacente à decisão que levará, a breve prazo, ao encerramento total dos postos nas Juntas de Freguesia”.

Na ocasião, José Francisco Rolo que tem “acompanhado e apoiado esta reivindicação da Junta de Freguesia de Meruge”, adiantou que a Câmara Municipal já tomou uma “posição junto das entidades que representam os CTT” na “defesa do território do interior”.

O presidente do Município oliveirense acusa os CTT de “não cumprirem integralmente o serviço público que lhes está associado”. “Os CTT são concessionários de um bem do Estado Português e, por vezes, não estão a cumprir essa concessão. O Estado, estando a negociar a concessão, tem que ter atenção a uma evidência óbvia que nós vamos verificando: a degradação acelerada do serviço dos CTT”, lamentou. O autarca critica, assim, “os objetivos estratégicos dos CTT” que, nos dias de hoje, “querem ser um banco, aproveitando os milhares de Euros que passam por lá por via de reformas e vales”.

José Carlos Alexandrino, presidente da Assembleia Municipal e também deputado da Assembleia da República, associou-se à Moção, garantindo que estará “disponível para levar o assunto à Comissão das Autarquias Locais e discutir este problema”.

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