O executivo municipal de Oliveira do Hospital aprovou na última reunião uma nova prorrogação do prazo de conclusão da Casa da Cultura. A oposição votou contra acusando o Município de “facilitismo” e situando a obra no “top das obras de Santa Engrácia”.
A proposta de prorrogação foi apresentada pelo presidente da Câmara Municipal, José Francisco Rolo, que a dar conta de um “atraso na colocação de caixilharia” avançou com um “reajustamento do plano de trabalhos com prazo de conclusão para 15 de junho de 2023”. O autarca avançou, ainda, que “poderá vir aí outra prorrogação pelo empreiteiro dada a falta de materiais para aplicação, nomeadamente de material vinílico”. “Vem aí prorrogação quase de certeza, porque tem havido dificuldades da entrega deste material para conclusão integral da obra”.
A prorrogação logo foi contestada por Francisco Rodrigues, vereador da coligação PSD/CDS-PP. “Com todos os antecedentes que esta obra tem, estranha-se que agora se descubra que ainda há mais dificuldades na entrega de mais materiais, cuja situação poderia ter sido acautelada quando foi feita a última prorrogação”, defendeu. O vereador da oposição foi mais longe ao considerar que a obra da Casa da Cultura “é aquela desgraça que todos sabemos”. “Está no top das obras de Santa Engrácia neste Município. Jamais podemos estar de acordo com esta prorrogação e com este facilitismo”, afirmou.
A contestar a ideia de “facilitismo”, José Francisco Rolo justifica a sua atuação com “a vontade e a determinação de concluir uma obra”. “Infelizmente, o Município não pode fornecer material vinílico para aplicação, tem que o empreiteiro ir adquiri-lo ao mercado. Se há atrasos na entrega desse material, essa é matéria que com certeza não quer assacar ao município”, concluiu o autarca oliveirense.
A proposta de prorrogação foi aprovada por maioria, com os três votos contra da coligação PSD/CDS-PP.