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Associação quer apoiar vítimas do Maior Incêndio de Sempre em Portugal

Chama-se Associação de Vítimas do Maior Incêndio de Sempre em Portugal e foi oficialmente apresentada, na tarde do último sábado, naquela que foi um das áreas mais afetadas pelo fogo no concelho de Oliveira do Hospital, a Zona Industrial.

Constituída na sequência dos fortes incêndios que dizimaram toda a região e, de modo particular, o concelho de Oliveira do Hospital, a Associação representa as vítimas humanas e lesados materiais daquele que já é considerado como o maior incêndio em Portugal, responsável por 44 mortes e prejuízos incalculáveis ao nível da floresta, agricultura e empresas de vários setores.

A mobilizar dezenas de empresários e vítimas do forte incêndio, a Associação resulta de um movimento cívico que tem as suas bases no concelho de Oliveira do Hospital que é “completamente apartidário” e centrado na “defesa das pessoas que perderam o emprego e as suas casas e das empresas que viram uma vida destruída em cinco minutos ou menos”. Assim explicou Luís Lagos, um dos promotores deste movimento, para quem urge tomar medidas para minimizar esta catástrofe só comparável ao “terramoto de 1755”. “Juntos vamos querer perceber de quem é a responsabilidade… onde está a inércia do Estado”, acrescentou.

No imediato, a Associação pretende uma reunião com o presidente da República, ao qual vão apelar à sua “magistratura de influência” para “ajudar estas vítimas”.

 

Diante do estado em que ficou o concelho e a região, Luís Lagos diz sentir “uma grande tristeza”. Por esse motivo, decidiu abandonar as funções políticas que exercia, nomeadamente a liderança da distrital do CDS-PP. “Entreguei cartão de militante porque a classe política está mais preocupada com o jogo partidário”, afirmou Luís Lagos que assumirá o mandato na Assembleia Municipal – foi eleito deputado nas últimas eleições autárquicas – como “independente”. “Estou cá para defender a minha terra”, disse o oliveirense que, a esta altura, está na disposição de “lutar para levar este projeto até ao fim”.

“Oliveira do Hospital precisa da união dos empresários. O que nos falta é uma voz e temos que nos unir para isso”, defendeu.

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