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Associação pede rapidez para que indemnizações “não demorem uma eternidade”

O presidente da Associação de Vítimas do Maior Incêndio de Sempre em Portugal considerou hoje que “é preciso trabalhar rápido”…

… no processo de apuramento das circunstâncias em que ocorreram as mortes no incêndio de 15 de outubro, para que a  atribuição de indemnização a cada um dos casos “não demore uma eternidade”.

Hoje, o primeiro ministro anunciou que o Conselho para a atribuição de indemnizações às vítimas mortais fixou em 70 mil Euros o valor mínimo para privação de vida, cabendo à provedora de Justiça estabelecer o valor a atribuir em relação a cada um dos casos mortais  atendendo a dois critérios: Sofrimento da vítima antes da morte e danos próprios dos familiares mais próximos. Para Luís Lagos, presidente da AVMISP  “os valores serão sempre baixos” atendendo a que se trata da perda de vidas humanas, porém aprecia o critério adotado de  atribuir a decisão pelas indemnizações a uma entidade com “carácter idóneo”: a provedoria da justiça. “E muito saudável”, verifica Luís Lagos.

O presidente da Associação de Vítimas está contudo preocupado com o facto de a variação das indemnizações ter a ver com as circunstâncias da morte e o sofrimento da vítima. Um trabalho de apuramento que “está por fazer”. “Não há uma comissão a avaliar como ocorreu a morte”, alerta Luís Lagos, temendo que a definição do valor da indemnização e o seu pagamento “demore uma eternidade”. “Se o governo continuar com este ritmo as indemnizações surgirão em meados de 2018. Isso é uma eternidade. É preciso trabalhar rápido”, defende Luís Lagos, lembrando que na Galiza “as indemnizações apareceram ao final de quatro ou cinco dias”.

Do incêndio de junho, em Pedrogão Grande, resultaram 64 mortos e mais de 250 feridos. No dia 15 de outubro, pior dia de fogos do ano, morreram 45 pessoas e cerca de 70 ficaram feridas. No concelho de Oliveira do Hospital morreram 12 pessoas.

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