A Associação de Vítimas do Maior Incêndio de Sempre em Portugal (AVMISP)deverá reunir com o primeiro Ministro no próximo mês de janeiro. A garantia foi dada, ontem, por António Costa…
… aos dirigentes da Associação com sede em Oliveira do Hospital e que reúne vítimas dos vários concelhos afetados pelo grande incêndio de 15 de outubro.
A Associação que se tem queixado de não ser ouvida pelo governo, recebeu ontem “uma resposta positiva” do primeiro-ministro que, de visita a alguns do concelhos afetados pelos incêndios de junho e de outubro, acedeu a falar com “um conjunto de homens e mulheres” representativos da AVMISP e que solicitaram ao líder do governo uma reunião “com carácter formal e urgente”. Lembraram a António Costa que a associação reúne “gente que merece, precisa e tem de ser ouvida” e que “só assim, estando junto e próximo de quem sofreu e sofre, é possível corrigir um conjunto de injustiças”.
Luís Lagos, presidente da AVMISP, adianta assim que “em princípio de Janeiro”, a Associação reunirá com o Primeiro Ministro expondo-lhe tudo o que entende que “tem de ser corrigido, melhorado, continuado e criado”.
Entretanto, ainda esta semana, no dia 20 de dezembro, a AVMISP vai reunir com a Comissão Parlamentar que integra o grupo de trabalho dos incêndios, assim como com os grupos parlamentares do Partido Socialista e do Partido Social Democrata, na Assembleia da República.
“E continuaremos a levar a nossa voz a todo lado. O que nos aconteceu, o que continua a acontecer à nossa agricultura, às nossas empresas, a quem perdeu a sua casa e, pior, a quem perdeu um familiar, terá sempre de ter voz, capacidade de exigência e vontade de construção. Sem isso, tudo o que aconteceu ficará esquecido e, simplesmente, remetido para uma ajuda de simples caridade. E quem perdeu agradece, penhoradamente, as ajudas solidárias, mas, com todo o respeito não é isso que resolve o problema de todos, da região, que dá luz ao nosso futuro coletivo. Infelizmente, não chega”, refere Luís Lagos.
A Associação das Vítimas do Maior Incêndio de Sempre em Portugal fez um pedido na sua página de Facebook, dirigido a todos, lesados, vítimas e sócios, para que façam chegar “aquilo que acham que está a falhar, que é injusto e tem de ser corrigido”.