Um ano após o trágico incêndio na associação de Vila Nova da Rainha, em Tondela, que provocou onze mortos, a instituição mantém-se fechada e…
… ainda decorre a investigação da Polícia Judiciária (PJ) para apurar o que se passou.
Fonte da Diretoria do Centro disse à agência Lusa que “o inquérito, registado no DIAP (Departamento de Instrução e Ação Penal) de Viseu, se encontra ainda na PJ em fase final de investigação”.
Em Vila Nova da Rainha, o destino a dar ao espaço onde ocorreu o incêndio, na noite de 13 de janeiro de 2018, ainda não foi decidido. “A situação não é fácil, porque fazer no mesmo sítio não é fácil, fazer noutro sítio também não é fácil, mas estamos ainda à espera das decisões”, referiu à Lusa o presidente da Associação Cultural, Recreativa e Humanitária de Vila Nova da Rainha, Jorge Dias.
O edifício esteve apreendido pela PJ até julho e, depois de voltar a ser disponibilizado à associação, Jorge Dias tinha anunciado que o iriam limpar para ficar com melhor aspeto.
No domingo, passa um ano do incêndio na associação. Nesse dia, o balanço foi de oito mortos e 38 feridos, entre ligeiros e graves, mas o número de mortos aumentou para onze nos dias seguintes.
Jorge Dias contou que, para assinalar a data, às 15h00 de domingo irá realizar-se uma missa de homenagem às vítimas na igreja de Vila Nova de Rainha, seguida de uma romagem ao cemitério.
A Associação Cultural, Recreativa e Humanitária de Vila Nova da Rainha não está no grupo de 71 associações com as quais a Câmara de Tondela celebrou protocolos para que possam implementar medidas de segurança contra incêndios.
“A associação de Vila Nova da Rainha, pelas circunstâncias do processo que está a decorrer, não foi objeto de vistoria”, explicou Miguel Torres, vereador da Câmara de Tondela.
No entanto, o vereador garantiu que há um diálogo com os seus dirigentes e que, se decidirem reerguer a associação, “têm sempre a Câmara como parceiro”.
Na sua opinião, para já, “a associação de Vila Nova da Rainha precisa de ter o seu tempo para definir como, quando e de que forma quer fazer a recuperação ou o que quer que seja”.
“E esse tempo tem que ser essas pessoas a geri-lo, não somos nós, nem são as condições mediáticas do acontecimento que o devem fazer”, frisou.
Poucos dias após o incêndio, o presidente da Câmara de Tondela, José António Jesus, explicou à Lusa que a associação “foi constituída em 1979, tendo desde então ocorrido diversas intervenções de construção/beneficiação”.
lusa.pt