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ASAE está a fiscalizar os preços em todo o país para combater a “eventual especulação objetiva” 

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) está a realizar, esta quarta-feira, uma megaoperação de fiscalização de preços de bens essenciais, em hiper e supermercados de todo o território nacional.

Em entrevista à CNN Portugal, o inspetor-geral da ASAE Pedro Portugal Gaspar recordou, tal como já tinha sido avançado pelo secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, Nuno Fazenda, que no terreno estão “45 brigadas e 90 inspetores a cobrir o território nacional” nos vários operadores económicos, “hipermercados, supermercados” e alguns negócios mais pequenos.

O “eixo” da fiscalização está relacionado, segundo o inspetor, essencialmente, com os bens essenciais alimentares, apesar de incidir também num “núcleo reduzido na área da higiene”.

A ASAE pretende confirmar (ou não) “uma eventual especulação objetiva”, comparando os preços afixados nas prateleiras com os praticados nas caixas, bem como “problemas na pesagem”.

“São desvios que podem eventualmente ocorrer, que têm ocorrido nos últimos meses, o que nos leva a intensificar a fiscalização, fase aos dados que temos obtido nas nossas ações de inspeção”, revelou Pedro Portugal Gaspar.

Em jeito de balanço das últimas ações da ASAE nesta área, o inspetor sublinhou que foram fiscalizados 1.100 operadores e levantados 68 processos crimes no que diz respeito à especulação de preços de bens essenciais.

“O nosso balanço é um balanço, nesse aspeto negativo, porque são situações que não há razões para ocorrerem”, salientou, acrescentando, contudo, que a maioria dos casos analisados estavam dentro da lei.

Apesar do “esforço para erradicar” a especulação de preços, os inspetores da ASAE encontraram, nas últimas fiscalizações, segundo Pedro Portugal Gaspar, “um aumento do incumprimento”, daí a ter sido montada a megaoperação que está hoje a ocorrer em todo o país.

“Verificou-se um aumento do incumprimento no mês de março, daí a razão de reforçarmos as ações de fiscalização e termos alargado as mesmas a esta questão da pesagem”, esclareceu o inspetor.

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