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Arnaut abandona candidatura à Federação Distrital de Coimbra do PS

António Manuel Arnaut anunciou, ontem, “suspensão” da sua candidatura à liderança da Federação Distrital de Coimbra do PS. Do mesmo modo, requereu a suspensão do processo eleitoral que considera “viciado”.

O advogado, filho do socialista António Arnaut, que também suspendeu a apresentação de listas ao congresso, colca nas mão dos Órgãos Nacionais do Partido “a última palavra” sobre o processo eleitoral em Coimbra. Segundo o JN, Arnaut considera que “o processo eleitoral para as eleições federativas de Coimbra encontra-se viciado, não garantindo as mínimas condições de legalidade e transparência, tratando de forma desigual as candidaturas existentes”.

O problema prende-se, em grande medida, com a Comissão Organizadora do Congresso (COC), que organiza e fiscaliza o processo eleitoral. A COC é a mesma que estava constituída antes de o Secretariado Nacional do PS, em reação a um despacho do Ministério Público que deu por provada a falsificação massiva de fichas de filiação de militantes, ter decidido suspender 18 elementos do partido responsáveis por estes crimes e adiado as eleições em Coimbra.

Arnaut apresentou a sua candidatura à liderança da Federação de Coimbra, mas já “sob protesto”, a 6 de maio, e tendo, três dias depois, “impugnado a COC”, junto da Comissão Federativa de Jurisdição. Arnaut sustenta que, apesar de a COC não ter “qualquer legitimidade”, aquela Comissão de Jurisdição de âmbito distrital não se pronunciou.

Como a resposta não foi dada, o advogado avançou, então, nesta quinta-feira, com uma nova impugnação da COC, mas junto da Comissão Nacional de Jurisdição. Arnaut diz que não gosta de “vitórias de secretaria” e garante que “podia ter ganho isto na secretaria”, se colocasse em causa o facto de Pedro Coimbra não ter apresentado formalmente uma nova candidatura, depois de o Secretariado Nacional do PS ter cancelado as eleições agendadas para 4 e 5 de março. Não tendo optado por essa via, considera, no entanto, que não lhe restava outra opção, na presente fase, senão recorrer à Comissão Nacional de Jurisdição, por estarem em causa factos que, na sua opinião, “comprometem a própria democracia e a liberdade”.

com: jn.pt

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