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Arganil: “Os Verdes” questionam Governo sobre descargas da ETAR de Alagoa na Ribeira de Folques

A deputada Mariana Silva, do Grupo Parlamentar Os Verdes, entregou na Assembleia da República uma pergunta, em que questiona o Governo, sobre “a persistência das descargas de efluentes,…

…da ETAR de Alagoa, no concelho Arganil sem o devido tratamento, na ribeira da Folques, afluente do rio Alva, que integra a bacia hidrográfica do rio Mondego.

Em comunicado enviado à Rádio Boa Nova, “Os Verdes” referem que, a situação em causa, “pode comprometer não só a biodiversidade e o ecossistema, como também a própria saúde pública, pois são várias as praias fluviais localizadas a jusante como é o caso da de Sarzedo, no rio Alva, que dista 1500 metros de Alagoa”.

O Partido Ecologista Os Verdes teve conhecimento que a ETAR de Alagoa, concelho Arganil, no final de julho, rejeitou efluentes sem o devido tratamento na ribeira da Folques, afluente do rio Alva, que integra por sua vez a bacia hidrográfica do rio Mondego.

Segundo refere o partido, a “empresa Águas do Centro Litoral (AdCL) responsável por esta infraestrutura referiu à comunicação social local que se tratou de uma situação isolada e que a ETAR cumpre os parâmetros de descarga em conformidade com a licença em vigor, adiantando que tal ocorrência, momentânea, possa ter sido provocada por uma obstrução parcial, originada porventura pela presença de sólidos de grandes dimensões”. “Segundo a AdCL o funcionamento da ETAR e os respetivos processos de tratamentos dos efluentes são monitorizados diariamente de forma a corrigir disfunções que possam comprometer o tratamento das águas residuais”, acrescenta o partido em comunicado

A ETAR de Alagoa / Arganil entrou em funcionamento em dezembro de 2007, tendo a capacidade para tratar um caudal médio diário de 1532 m3, provenientes de cerca de 8800 habitantes-equivalentes.

Lembram “os Verdes” que “no passado, a ribeira de Folques, que tem uma extensão de 10 quilómetros, foi sujeita a constantes descargas de efluentes, sobretudo urbanos, elevando a poluição e o consequente aumento dos elementos biológicos. Contudo, no Plano de Gestão de Região Hidrográfica 2016/2021 do Vouga, Mondego, Lis, este curso de água é classificado como bom ao nível do seu estado químico e potencial ecológico”.

Na pergunta que dirigiu ao Governo, através do Ministério do Ambiente e Ação Local (MAAL), o partido questiona se “teve conhecimento das descargas de águas residuais pela ETAR de Alagoa (Arganil), aparentemente sem o devido tratamento”. Na missiva, Os Verdes questionam se “o MAAL confirma que as descargas derivaram de uma anomalia momentânea ou a ETAR de Alagoa apresenta debilidades no tratamento dos efluentes”. “As águas rejeitadas por esta infraestrutura encontram-se dentro dos parâmetros permitidos? A bacia hidrográfica da ribeira de Folques, bem como a do rio Alva têm sido monitorizadas? Nos últimos dez anos quantas ações de fiscalização decorreram nestas bacias? Foram levantados alguns autos de notícia?”, são outras das questões dirigidas pela deputada Mariana Silva, do Grupo Parlamentar “Os Verdes”.

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