O nome de Oliveira do Hospital foi, hoje, pronunciado na Assembleia da República pelo deputado do PS, José Carlos Alexandrino, que contestou o mapa de perigosidade de incêndio rural 2020-2030, que “lesa de forma violenta” o concelho, bem como os concelhos de Arganil, Pampilhosa da Serra, Mira, Tondela e Vouzela.
A citar o aviso que torna pública a carta estrutural de perigosidade de incêndio, o deputado oliveirense que, nos últimos 12 anos, foi presidente da Câmara Municipal, alertou que aqueles concelhos que foram afetados pelos incêndios de 2017 e se têm vindo a reerguer, ficam “com este plano, claramente condicionados nas construções em espaços rurais, assim como o seu desenvolvimento económico”. “Ficam inviabilizadas quaisquer construções novas de infraestruturas, ampliações destinadas à utilização agrícola, pecuária, florestal, exploração de recursos energéticos, de empreendimentos de Turismo de Habitação, ou de Turismo em Espaço Rural”, especificou.
José Carlos Alexandrino não tem dúvidas de que “esta carta de perigosidade, quer voltar a penalizar estes concelhos, acelerando o abandono do interior”. “Este mapa de perigosidade lesa de forma violenta estes concelhos”, reiterou o deputado.
Naquela que foi a sua intervenção, por ocasião da Audição do Ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, no âmbito da proposta do “Orçamento do Estado para 2022”, Alexandrino questionou o governante se “está disponível para dar o seu contributo para ajudar a resolver estas injustiças?”. Perguntou ainda ao Ministro se “vai continuar a dotar os bombeiros voluntários e as associações com mais Equipas de Intervenção Permanente?”. “Sabem como são importantes para aquelas populações”, concluiu.