O destituído presidente da Assembleia Municipal de Oliveira do Hospital, António Lopes, assumiu na última reunião daquele órgão que vai ser candidato à Câmara Municipal oliveirense com vista a corrigir o “erro” que fez.
Manifestamente contra o rumo que o executivo de José Carlos Alexandrino tem dado ao concelho de Oliveira do Hospital, o conhecido deputado e antigo companheiro de luta do presidente da Câmara Municipal, entra assim na corrida à presidência da autarquia. Surgiu o anúncio na Assembleia Municipal onde viu rejeitada, por unanimidade, a moção de censura ao executivo. Não satisfeito, António Lopes assumiu no decorrer daquele reunião que vai ser candidato.
“Se alguém anda de facto a pensar que não vou corrigir o erro que fiz que se desengane. Eu jurei ao Mário Alves que ia e também juro a este que vai”, afirmou na ocasião o deputado, aludindo ao apoio que deu à candidatura de José Carlos Alexandrino, cujo projeto político Lopes integrou nas duas últimas eleições autárquicas, a primeira das quais com o objetivo de “destronar” o anterior presidente de Câmara, Mário Alves (PSD).
António Lopes respondia assim ao desafio que no início dos trabalhos lhe tinha sido dirigido pelo socialista Raul Costa diante de “tanta crítica, tanta queixa, incluindo recursos aos tribunais”. “Só lhe resta um desfecho. Em coerência o deputado tem que assumir-se como verdadeira alternativa e ir a votos nas próximas eleições autárquicas. Deixamos este desafio e depois todos saberemos quem está ao seu lado ou não”, notou o socialista.
Ainda antes de Lopes assumir a candidatura, também o presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital se referiu aos que criticam o sucesso do concelho e os que têm “cultura anti democrática” e optam pela “chicana política” porque sabem que nas urnas “não nos são capazes de vencer”, preferindo “vencer por calúnias”. A criticar ainda o recurso aos tribunais, José Carlos Alexandrino, disse mesmo esperar para “ver se eles têm coragem para ser candidatos se eu for candidato”. “Mas não deixo de ser candidato por eles serem ou não, porque na minha vida decido eu”, clarificou o presidente de Câmara.