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ANCOSE reabre segunda-feira para “prestar apoio na altura mais difícil dos seus associados” (com entrevista áudio)

A Associação Nacional de Criadores de Ovinos da Serra da Estrela, com sede em Oliveira do Hospital, vai reabrir as portas na próxima segunda feira. Manuel Marques, presidente da direção, garante que…

… “estão criadas condições para os associados e colaboradores não correrem riscos”.

Em plena pandemia de COVID-19, a ANCOSE viu-se forçada a fechar portas, durante três semanas,  para alinhar a logística de prevenção. No noticiário das 12h00 da Rádio Boa Nova, o presidente da direção adiantou que na próxima segunda feira a Ancose reabre as suas portas. “Neste momento estão criadas condições para os associados e colaboradores para não correrem riscos”, assegurou o dirigente, notando que “uma associação tem que prestar apoio na altura mais difícil dos seus associados”.

Quando o país atravessa a fase mais crítica da pandemia, Manuel Marques informa que “vai ser atendida uma pessoa de cada vez” e “vai haver uma divisória em acrílico para que não haja contacto direto entre os colaboradores e os associados”. Haverá “apenas um pequeno guichet onde serão apresentados as questões”. “É nesta altura que a Ancose tem que estar pronta e eficiente para apoiar a desgraça que está a assolar os pastores da Serra da Estrela”, referiu Manuel Marques.

Na Rádio Boa Nova, Manuel Marques disse já ter entregue à Direção Regional de Agricultura e Pescas do Centro a lista de pastores em dificuldades na produção do leite DOP (Denominação de Origem Protegida) ou não.  “O governo tem na sua posse os dados da Ancose para, se eventualmente houver um benefício, eles saberem quem são e não deixarem acabar uma das razões de sobrevivência do setor primário da nossa região”, afirmou.

Manuel Marques lamenta que se continue a comprar “leite vindo de Espanha, quando temos aqui produtores numa situação aflitiva”. “Quem tem que intervir nessa matéria é a ASAE. Eu não sou Estado, nem sou poder nacional. Indigna-me isso. Porque quem sustenta esta região e a vida dos pastores é a sua produção leiteira e o fabrico do queijo. Fico revoltado, mas espero que tenha terminus”, frisou.

Atendendo ao momento atual, Manuel Marques verifica que seria “óptimo que o governo pagasse as agro-ambientais previstas para outubro”. “Era ótimo para os pastores terem um fundo de maneio. É certo que em primeiro lugar está a saúde, mas se não houver para comer , isto é um descalabro, é uma desgraça”, considerou.

 

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