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Ancose entregou 150 borregas do centro de recria a produtores lesados dos incêndios

A Ancose- Associação Nacional de Criadores de Ovinos Serra da Estrela, procedeu, no passado sábado, nas suas instalações, à primeira fase de entrega de borregas a criadores e produtores que perderam os seus rebanhos nos incêndios de outubro do ano passado.

Num encontro que contou com a apresentação do centro de recria de borregas Serra da Estrela, foram distribuídos cerca de 150 animais dos 800 já criados.

Manuel Marques, presidente da Ancose, agradecendo, entre várias entidades, à Câmara Municipal de Oliveira do Hospital (CMOH) por ser um “esteio” à associação que preside, referiu que o centro de recria já “estava programado há muito tempo”. “Tentámos arrancar com este projeto porque o Estado português acabou com o centro de recrias que existia na nossa região”, contou. “Com o infortúnio dos incêndios de outubro de 2017, nós tivemos de acelerar”, disse o dirigente referindo que era necessário “arranjar soluções para que as raças que produzem leite para o queijo Serra da Estrela não fosse abalado e não fosse extinto”.

José Carlos Alexandrino, presidente da CMOH, afirmou que “se não existisse a Ancose, as coisas tinham sido muito mais difíceis” para todos os que trabalham no setor da pecuária. Em palavras de louvor à Associação que foi a “primeira parceira” do Município, o autarca destaca a eficiência na “tentativa de dar as primeiras respostas no terreno”, recordando que “foram os primeiros a distribuir rações logo no dia seguinte” após a catástrofe. “Não satisfeito” face aos apoios dirigidos aos agricultores e produtores lesados dos incêndios, José Carlos Alexandrino considera “miserável que as explorações agrícolas não tenham 85%” de ajudas tal como acontece ao setor empresário.

Em representação do Governo, Graça Mariano, Subdiretora da Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV), marcou presença nesta sessão de apresentação do centro de recria da Ancose, mostrando-se admirada “por saber que há empresas em Portugal que não se preocupem só em importar mas que divulgam, ajudam e fomentam a produção”. Num momento em que a DGAV é parceira de várias entidades, Graça Mariano refere que a missão da sua direção “passa pela gestão da saúde animal”. “Sem produtores a DGAV não existia”, referiu, contando que está sempre de “porta aberta” para ajudar quem mais precisa. No que respeita ao Queijo Serra da Estrela, a responsável afirma que, uma vez que é “património”, “tem de ser defendido e dinamizado”. A propósito, Graça Mariano afirmou que “este ano já estão aprovados 588 544 euros para o PDR (Programa de Desenvolvimento Rural) à custa do esforço de todos os envolvidos nesta matéria”.

A Ancose reconheceu, ainda, o apoio prestado ao projeto, nomeadamente por parte do Grupo Jerónimo Martins, a Paroquia de Cascais e a Ordem dos Médicos Veterinários, entidades que estiveram presentes nesta apresentação.

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