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Alexandrino retira “confiança política” a Francisco Rodrigues por “deslealdade e boicote” (Notícia Atualizada)

O Presidente do Município de Oliveira do Hospital, José Carlos Alexandrino retirou a confiança política a Francisco Rodrigues, devido a “deslealdade e boicote”.

A informação foi confirmada à Rádio Boa Nova pelo próprio presidente do Município de Oliveira do Hospital, adiantando que “chegará o momento” em que tornará públicos os motivos mais detalhados que o levaram a retirar a confiança política àquele que era o homem forte do Gabinete de Apoio à presidência e que tinha a seu cargo a gestão dos fundos comunitários.

A retirada de confiança política já foi formalizada através de despacho assinado esta semana pelo Presidente da Câmara Municipal.

Para já, José Carlos Alexandrino justifica a rutura com Francisco Rodrigues com “deslealdade e boicote”. Em causa estará a forma como Francisco Rodrigues geria os fundos comunitários no concelho e “boicotava a atuação do executivo.

Francisco Rodrigues, antigo militante do PSD, integrou a equipa de José Carlos Alexandrino logo no primeiro mandato do autarca, sendo seu homem de confiança naquelas que eram as matérias importantes no concelho. Refira-se que Francisco Rodrigues era também o diretor da EXPOH- Feira Regional de Oliveira do Hospital, que este ano não se realizou devido à pandemia Covid-19.

Segundo apurou Rádio Boa Nova, Francisco Rodrigues desde há já algum tempo que tem vindo a ser referenciado como possível candidato pelo PSD à Câmara Municipal de Oliveira do Hospital, regressando assim ao partido de que já foi militante. Note-se que as eleições autárquicas acontecem já em 2021 e José Carlos Alexandrino não pode voltar a ser candidato ao Município por limitação de mandatos.

(Atualização às 11h39)
Contactado pela Rádio Boa Nova, Francisco Rodrigues questiona a retirada de confiança política, uma vez que não desempenha um cargo político. “Retirar confiança política de quê? O meu cargo é técnico, sou chefe de uma equipa multidisciplinar, vocacionada para matérias dos fundos comunitários”, referiu.

De férias durante esta semana, Francisco Rodrigues disse à Rádio Boa Nova que “gostaria de ver fundamentadas as acusações” de que é alvo. “Tenho 36 anos de dedicação ao serviço público que falam por mim em termos de competência, seriedade e honestidade profissional”, afirmou, lamentando que estas acusações não lhe tenham sido dirigidas na cara, e que tenham acontecido quando está ausente.

À Rádio Boa Nova, Francisco Rodrigues confirmou que a relação com presidente do Município não era a mesma nos últimos tempos. “Existia uma certa desconsideração e desvalorização do meu papel. Participei sempre em reuniões políticas da Câmara Municipal e, ao fim de algum tempo, houve um afastamento e preferência de outras pessoas”. A esta altura Francisco Rodrigues  diz manter “total tranquilidade”, até porque “fez de tudo para o sucesso do executivo” e “não há nada” por resolver dentro daquilo que é a sua “responsabilidade”.

“Sinto-me triste e amargurado por estas palavras. Provavelmente seriam as últimas palavras que poderiam dizer sobre mim”, reagiu.

Apesar de estar a trabalhar com o executivo socialista, liderado por José Carlos Alexandrino, Francisco Rodrigues mantém a filiação no PSD. À Rádio Boa Nova, assegurou contudo que “há nenhum compromisso” seu com o PSD, confirmando, contudo, ter sido abordado pela concelhia do PSD para uma possível candidatura à Câmara Municipal. “Fui tão leal, que ele (José Carlos Alexandrino) foi a segunda pessoa, (a primeira foi a minha esposa), a saber desta pressão do PSD”, contou. Referiu ainda que o presidente do Município sempre soube da sua militância no PSD e, que o próprio “sempre disse que gosta de trabalhar com pessoas mais inteligentes do que ele”.

“Atente-se ao que está para trás”, sustentou.

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