O Presidente da Assembleia Municipal de Oliveira do Hospital, José Carlos Alexandrino, disse na passada sexta-feira, 29 de dezembro, que não está disponível para fazer da Assembleia uma “bandalheira”.
A tomada de posição de José Carlos Alexandrino, eleito pelo Partido Socialista, foi proferida na sequência de duas discussões entre deputados e os pedidos de defesa da honra que lhe sucederam.
Na ocasião, João Abreu, presidente da Junta de Freguesia de Meruge (PCP) lembrou o número de crianças palestinianas vítimas da guerra e fez o reparo à Câmara Municipal por não ter iluminado o edifício com as cores da Palestina.
A intervenção não caiu bem junto de Francisco Garcia, deputado socialista, que logo criticou João Abreu por no seu discurso não lamentar as crianças israelitas que foram mortas no ataque do passado dia 7 de outubro, assim como as que faleceram na guerra da Ucrânia.
Também questionou Abreu sobre que iniciativas promoveu a Junta de Meruge em homenagem às vítimas da guerra.
Entretanto, também o deputado do PSD Rui Abrantes usou o período antes da Ordem do Dia para recuar à reunião anterior daquele órgão para pedir “desculpa” pela forma como reagiu à intervenção de Rui Monteiro (PS), sem contudo ter proferido o nome do socialista.
Na ocasião, acusou Rui Monteiro de criar “um ambiente intimidatório” nas reuniões da Assembleia e apelou mesma à intervenção da Mesa da Assembleia para “manter a democracia”.
Logo, Rui Monteiro acusou Rui Abrantes de fazer “um papel de circo e a coisa mais baixa”. “O senhor tem problemas graves de défice de compreensão e de democracia”, avançou o socialista, considerando que a propósito do que esteve na origem da reação de Abrantes na reunião anterior “há que interpretar aquilo que nós dizemos”.
Na sucessão de pedidos de defesa da honra, José Carlos Alexandrino insurgiu-se na Assembleia recusando fazer deste órgão “uma bandalheira”, notando que a Assembleia tem ”regras e tem um presidente para se impor”. “Não vou dar a palavra a mais ninguém”, chegou a avançar, cedendo depois com a disponibilização de um minuto a João Abreu e Rui Abrantes.
Na ocasião o autarca propôs um minuto de silêncio em homenagem às vítimas de guerra e que foi aceite por todos os deputados.