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Alexandrino garante que não queria ficar com tratores, mas é acusado de “incúria” pelo vereador do PSD

A polémica em torno da entrega dos 19 tratores oferecidos pela Cáritas a lesados pelo grande incêndio de 15 de outubro em Oliveira do Hospital marcou o início da reunião pública do executivo…

…municipal, realizada esta manhã. O vereador do PSD acusou o presidente da Câmara de “incúria” ao proceder à entrega depois da reportagem da TVI.

João Paulo Pombo Albuquerque (PSD) até começou por lamentar “ que na reportagem seja ignorada a oposição e seja dada visibilidade a uma personalidade” a quem “não reconhece idoneidade política, ética ou outra para representar os oliveirenses, mas não tardou em acusar o presidente do Município de Oliveira do Hospital demonstrar “alguma incúria e culpabilidade no processo” ao proceder à entrega dos tratores no pós reportagem. O eleito pelo PSD disse, ainda, esperar que quanto à conta solidária “o processo seja diligente e transparente” e que José Carlos Alexandrino não esteja a usar “argumentos falaciosos para obstar a entrega dos donativos a quem deles mais precisa”.

Mas se concordou com a intervenção inicial de João Paulo Albuquerque, o autarca oliveirense logo rejeitou a acusação de “incúria”, assegurando que o seu executivo faz “as coisas bem”. “Alguns já foram a eleições e ficaram para trás”, referiu, notando agora que “querem a televisão para terem protagonismo”, quando, dadas as boas relações, poderiam ter-lhe ligado que informaria sobre o processo.


Em causa está um “processo que foi complexo, mas rigoroso e transparente” já que, inicialmente, havia 72 candidaturas para 19 tratores. Alexandrino lamentou a “manipulação” a que assistiu, notando que na reportagem da TVI parecia que o presidente da Câmara queria ficar com os tratores e “eu não quis ficar com trator nenhum”.

O autarca oliveirense não deixou de criticar o “denunciante do caso para a jornalista Ana Leal, que deve ter outros fins”. “Liga-me tantas vezes para assuntos pessoais e para o concelho e não me ligou”, comentou, apontando ainda o dedo a um dos queixosos na reportagem, que já tinha recebido um moto-cultivador, obteve subsídio de 4500 Euros e “agora até lhe foi atribuído um trator pela Cáritas”. O autarca escusou-se a revelar outros casos semelhantes.


Sobre a conta solidária, que soma cerca de 74 mil Euros, Alexandrino questionou porque é que em reunião de executivo de 6 dezembro e Assembleia Municipal de 28 de dezembro, ninguém questionou a demora na distribuição dos donativos acumulados na conta solidária. “Todos tinham consciência de que a Câmara Municipal deu respostas rápidas às pessoas com problemas”, observou.

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