O ex presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital e atual presidente da Assembleia Municipal defendeu esta manhã na Rádio Boa Nova a criação de mais Equipas de Intervenção Permanente (EIP) nas corporações de bombeiros para fazer face aos incêndios, porque “os tempos mudaram”.
No espaço de opinião que assina à terça-feira na Rádio Boa Nova, José Carlos Alexandrino lamentou a morte dos três bombeiros de Vila Nova de Oliveirinha no combate ao incêndio que, na passada terça-feira, se propagou ao concelho de Tábua e que teve um desfecho trágico.
A par de outras medidas como o ordenamento da floresta e de um pacto de regime como o que foi defendido pelo ex presidente da Liga de Bombeiros Portugueses, Alexandrino entende que as EIPs devem ser reforçadas a nível nacional. Segundo referiu, a corporação de Oliveira do Hospital conta com três EIPs e a de Lagares da Beira com número igual, o que equivale a 30 homens em permanência. “Penso que não é suficiente”, frisou, notando que a corporação de Vila Nova de Oliveirinha apenas dispõe de duas equipas profissionalizadas.
“Os tempos são diferentes naquilo que é ser bombeiro voluntário. Eu tenho uma grande admiração pelo trabalho que os bombeiros voluntários têm feito e pela sua disponibilidade. Saem do seu emprego e vão”, observou, defendendo porém que “é preciso dotar as corporações de mais equipas permanentes e apostar na sua profissionalização, porque é preciso muito treino e muita disponibilidade”.
Do mesmo modo, José Carlos Alexandrino entende que “não se deve acabar com os voluntários nas corporações”, mas em caso de combate aos incêndio “devem ficar na retaguarda”. “Os tempos mudaram”, observou. “Quando penso naqueles jovens [de Vila Nova de Oliveirinha] preocupa-me bastante”, sublinhou. No seu entender os elementos que integram as EIPs “a nível físico, devem estar muito bem preparados”, notando a capacidade física que é necessária “para recuar de um fogo num corrida de 50 ou 100 metros”.
No espaço de opinião, José Carlos Alexandrino focou-se ainda na assinatura do auto de consignação para a conversão do antigo Hotel S. Paulo na futura residência de estudantes da ESTGOH e na importância de iniciativas como o Festival de Sopas em Santa Ovaia e o Ciclo do Pão em Meruge. Falou também sobre o selo de qualidade que foi atribuído pela ERSAR à empresa Águas Públicas da Serra da Estrela.