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Alexandrino apela à União Europeia a criação de um Programa Operacional para os Territórios de Baixa Densidade

O presidente da Comunidade Intermunicipal  (CIM) da Região de Coimbra e autarca de Oliveira do Hospital defendeu na Assembleia da República…

… e junto das comissões de trabalho responsáveis pelas negociações em Bruxelas, para que o próximo Quadro Financeiro contemple um “Programa Operacional Específico para os Territórios de Baixa Densidade”.

Esta manhã, à margem do debate  “O quadro financeiro da UE” promovido pelo Centro de Informação Europe Direct da Região de Coimbra (CIED RC), realizado no Salão Nobre do Município Oliveirense, José Carlos Alexandrino considerou que o programa que defende em nome dos 19 concelhos que constituem a CIM da Região de Coimbra, “é fundamental” para concelhos como por exemplo, Oliveira do Hospital, Pampilhosa da Serra, Góis, entres outros. “Se conseguirmos este programa operacional com verbas para os territórios de baixa densidade para a fixação de pessoas será (uma mais valia ) enorme e começará a reverter-se a demografaria. Se não for ficarei pessimista”, afirmou.

O debate desta manhã, contou com a participação de João Faria, chefe do sector Político da Representação da Comissão Europeia em Portugal e de Alfredo Dias, vice-reitor da Universidade de Coimbra e com a participação, via vídeo, dos eurodeputados José Manuel Fernandes (Membro da Comissão de Orçamentos ) e  Margarida Marques (Vice-Presidente da Comissão de Orçamentos”. José Carlos Alexandrino referiu que o objetivo foi “consciencializar os jovens presentes do que é a União Europeia, os desafios que ela tem, as negociações do quadro e programas para estudos”. O Presidente da CIM e autarca oliveirense acredita que o próximo quadro de apoio traga “boas oportunidades”, porém verifica  que será de “difícil negociação”, sabendo-se já de “uma diferença do Orçamento para Portugal de menos 7 por cento em relação ao último quadro”, dada a “incapacidade” demonstrada pelo Estado em gastar o dinheiro em quadros anteriores. “Cabe agora ao governo negociar”, frisou.

Ainda no que respeita ao atual quadro e à aplicação das verbas, José Carlos Alexandrino partilhou a sua preocupação com a dificuldade na adjudicação das obras previstas no concelho oliveirense. Depois de o primeiro concurso para a construção de Campus Educativo ter ficado deserto, agora também o concurso para a requalificação do Parque dos Marmelos ficou vazio. “Nenhuma empresa concorreu”. “As empresas têm muitos trabalhos”, frisou José Carlos Alexandrino, notando ainda que as empresas estão habituadas a adjudicar por valores mais elevados, situação que já obrigou o município a elevar o valor do Campus Educativo em mais 1,5 milhões de Euros.

A esta altura, José Carlos Alexandrino está preocupado com a reprogramação do quadro, porque “quem não gasta o dinheiro, vai ficar sem ele”. “O dinheiro pode ser gasto até 2023. Mas o importante é o estado de maturidade do projeto”, explicou.

No conjunto, o Município de Oliveira do Hospital tem previstas obras num valor total estimado em 10 milhões de Euros.

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