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Agricultores exigem menos burocracia e mais apoios para recuperação após os fogos

Cerca de 150 agricultores e produtores florestais manifestaram-se hoje, em Coimbra, para exigir mais apoios e menos burocracia no processo de candidaturas…

…após os incêndios que afetaram o distrito de Coimbra entre julho e outubro deste ano.

João Dinis, dirigente da Confederação Nacional da Agricultura, adiantou à Rádio Boa Nova que através da manifestação, realizada em parceria com a Associação Distrital dos Agricultores de Coimbra e o Movimento de Apoio às Vítimas dos Incêndios de Midões (MAAVIM), os agricultores assinalaram o “descontentamento” com o processo de candidaturas. Os agricultores exigem o alargamento dos prazos e a alocação de mais verbas suficientes no Orçamento de Estado para “voltarmos a por o nosso mundo rural a produzir verde”. “Também a floresta está desacompanhada. Tem que haver ajudas na pecuária, no olival, vinha e frutas que vão estar anos sem produzir”, alerta João Dinis.

O protesto incluiu a entrega de um caderno de reivindicações na Direção Regional de Agricultura e Pescas do Centro (DRAPC), através do qual reclamam o aumento das ajudas simplificadas de 5.000 para 10.000 euros.

Os agricultores apelam ao Presidente da República, primeiro Ministro, Ministro da Agricultura e presidente da Assembleia da República para que “passem das palavras aos atos e haja dinheiro no Orçamento de Estado” para que “cheguem depressa as ajudas”. “Não venham complicar com a burocracia”, avisa João Dinis.

O dirigente da CNA lembra que após os incêndios deste ano “centenas, milhares de agricultores perderam tudo” e muitos deles até a própria casa. “São famílias inteiras a viver muitas dificuldades” pese embora a “solidariedade” que chegou de todo o lado. “Precisamos que o governo dê ajudas do Orçamento de Estado para reposição do nosso trabalho”, sustenta João Dinis.

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