Site icon Rádio Boa Nova

Agricultores e produtores florestais realizam manifestação para reclamar apoios ao governo

Os agricultores e produtores florestais afetados pelos incêndios de 2017 manifestam-se na próxima sexta feira, 2 de fevereiro, junto ao Ministério da Agricultura para reclamar apoios.

A iniciativa é promovida pela Associação de Agricultores do Distrito de Coimbra (ADACO), o Movimento Associativo de Apoio às Vítimas dos Incêndios de Midões (MAAVIM) e a Confederação Nacional da Agricultura (CNA).

Em declarações à Rádio Boa Nova, Isménio Oliveira, presidente da ADACO disse que “há muitos agricultores prejudicados que ainda não fizeram candidaturas” aos apoios simplificados , pelo que defende a reabertura daquelas candidaturas pelo menos por mais um mês. Por outro lado, o responsável está preocupado com a situação dos produtores florestais que não viram ser criadas medidas de apoio. Isménio Oliveira reclama, por isso, a criação de parques de madeira queimadas na região e criação de um preço justo para a madeira queimada, situação que não se verifica. “Não há medidas efetivas criadas para o escoamento da madeira e para que possa ser vendida a um preço minimamente justo”, referiu.

De acordo com Isménio Oliveira “há agricultores a passar momentos de grande dificuldade”. “Os que têm capacidade têm investido, mas outros não sabem o que hão-de fazer à vida”, disse à Rádio Boa Nova o dirigente que dá o exemplo de um agricultor da região, com prejuízos de 70 mil Euros, que se viu impossibilitado de se candidatar ao apoio até cinco mil Euros e optou por não apresentar candidatura ao PDR 2020, sujeita a projeto e sem garantia de ser aprovado. “Setenta por cento dos agricultores com mais de cinco mil Euros de prejuízos não fizeram projeto. Há apenas 300 candidaturas com projeto acima dos cinco mil Euros. Até cinco mil Euros houve 23 mil candidaturas”, comparou o responsável.

A manifestação em Lisboa, marcada para as 14h30, deverá reunir mais de uma centena de agricultores e produtores florestais da região. Isménio Oliveira espera que sejam recebidos em audiência pelo ministro Luís Capoulas Santos a quem dirigiram, há duas semanas, um caderno reivindicativo, ao qual não obtiveram até agora qualquer resposta.

Exit mobile version