A Associação de Jovens Agricultores do Vale do Mondego (AJAVM) está preocupada com a inexistência de medidas, por parte do Governo, para mitigar a situação de seca no país. Fonte oficial da AJAVM alerta que as quebras de produção face a este cenário “são já muito evidentes”.
Em declarações à agência Lusa, a AJAVM explica que no início do ciclo produtivo das culturas surgiram vários problemas associados à “deficiente germinação, especialmente na cultura do milho”. Os solos estavam demasiado secos, o que dificultou o arranque desta cultura, conduzindo à necessidade de semear determinadas parcelas mais que uma vez.
Esta circunstância levou a um “enorme custo” para as explorações, agravado pelo aumento do preço dos fatores de produção.
No caso do arroz, a reduzida disponibilidade de água agrava o problema da salinidade, que provoca “graves quebras de produção podendo, nos casos mais graves, provocar a morte das plantas”.
A produção pecuária é também um dos setores “mais afetados”, já que muitas das pastagens e forragens produzidas na região e utilizadas na alimentação animal são produzidas em regime de sequeiro. A seca provocou quebras de produção “superiores a 50%”, situação que associada ao aumento do preço dos alimentos complementares para estes animais, deixa “as explorações pecuárias numa situação insustentável, debatendo-se diariamente com a enorme dificuldade em ter alimento disponível para os seus animais”, sublinhou a AJAVM.
A Associação está preocupada com a inexistência de medidas, por parte do Ministério da Agricultura, no entanto, acredita que não será suficiente a adoção de medidas a curto prazo.