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Agricultores afetados pelos fogos de outubro só recebem vales postais na quarta-feira

Afinal, os agricultores afetados pelos incêndios de outubro só recebem os vales postais com as devidas indemnizações até cinco mil Euros na quarta-feira, dia 10 de janeiro.

O Ministério da Agricultura tinha adiantado que os vales postais chegariam ontem às caixas de correio, mas a situação não se confirmou. Numa nota de esclarecimento, os CTT – Correios de Portugal informaram que “os vales postais contendo as indemnizações para os agricultores afetados pelos incêndios têm a data de emissão da próxima quarta-feira, 10 de janeiro, data articulada e programada com o IFAP – Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas, não existindo qualquer atraso”.

Em 5 de janeiro, o gabinete do ministro da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural esclareceu que “mais de 13 mil agricultores não têm conta bancária, pelo que receberão os valores correspondentes a 75% do valor a que se candidataram por vale postal ou cheque carta”. Os restantes 25% “serão pagos após verificação dos serviços do Ministério da Agricultura”, que deverá ocorrer ainda em janeiro, de acordo com a mesma fonte, que apontava a data de 8 de janeiro para a entrega dos vales postais.

Em declarações à SIC, o presidente da Associação de Vítimas do Maior Incêndio de Sempre em Portugal, com sede em Oliveira do Hospital, Luís Lagos, disse ter conhecimento de pessoas que já receberam os apoios, assim como de agricultores que os não receberam e de outros que não receberam o correspondente àquilo a que se tinham candidatado, situação que “entra em desacordo” com o que foi adiantado pelo Ministério da Agricultura.

Em causa estão 41 milhões de euros em indemnizações para um total de 21 mil agricultores, sendo que muitos deles se ficaram pelo pedido de apoio até cinco mil Euros, evitando as burocracias para aceder aos apoios europeus. “As pessoas tentaram o possível, porque sentiram que era impossível recuperar o dano que tiveram. Perceberam que tinham uma carga burocrática imensa”, referiu Luís Lagos.

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