O Agrupamento de Escolas de Oliveira do Hospital (AEOH) acaba de lançar o “Welcome Book” que pretende integrar alunos de diferentes nacionalidades.
Numa altura em que o Agrupamento acolhe estudantes de 27 nacionalidades, a direção considerou importante criar um mecanismo de adaptação a quem chega a Oliveira do Hospital e se depara, pela primeira vez, com o sistema de ensino português.
O “Welcome Book” é, assim, uma ferramenta utilizável através de QR Code que permite ao aluno aceder a toda a informação indispensável do funcionamento da escola e das atividades letivas.
“Este lançamento está cheio de simbolismo porque nós sentimos, cada vez mais, que a escola é procurada por vários estrangeiros de diversas nacionalidades e, num primeiro momento, num primeiro impacto, sente-se alguma aflição da parte deles porque não entendem o sistema de ensino português”, explica Cristina Borges à Rádio Boa Nova. Para a sub-diretora do AEOH, havia a “necessidade de ter uma primeira informação acessível a essas pessoas que procuram a escola e para ser acessível tinha de estar numa língua que fosse a língua materna deles ou numa língua que eles dominam”.
O Welcome Book está disponível em cinco línguas: hebraico, inglês, francês, espanhol e português. “A língua portuguesa podia parecer desnecessária mas não é, porque temos uma grande comunidade de alunos brasileiros e o sistema de ensino também é bastante diferente”, justifica.
Segundo a sub-diretora, “assim que estes alunos chegam à escola, logo no portão principal da escola têm uma placa em acrílico com um QR Code do Welcome Book”. “Fazendo a leitura desse código, acedem a uma página na internet onde estão sub-pastas para cada uma das línguas e um livro explicativo para cada um dos ciclos de ensino”, acrescenta.
O acesso a este “meio digital” pode ser feito na escola sede, mas também nos estabelecimentos de Lagares da Beira, da Cordinha, da Ponte das Três Entradas, em Nogueira do Cravo e no novo Campus Educativo. O facto de ser uma ferramenta online permite que possa ser “atualizado e enriquecido” sempre que necessário, combatendo também o desperdício de papel.
Com cerca de três dezenas de nacionalidades, o Agrupamento tem verificado um “crescimento exponencial” nos últimos três anos, sendo os brasileiros e israelitas os grupos com mais representatividade. “Do Brasil e de Israel chegam quase semanalmente”, dá conta.
Em jeito de balanço do trabalho desempenhado pelo AEOH face a esta matéria de integração, Cristina Borges afirma que “o feedback tem sido, de facto, muito positivo”.
