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AEOH: Alunos do Secundário solidários com a luta dos professores

Esta manhã, centenas de alunos do ensino secundário manifestaram-se na entrada da escola sede do Agrupamento de Escolas de Oliveira do Hospital. Os estudantes estão solidários com a luta dos professores e decidiram faltar às aulas dos primeiros três tempos, acarretando com faltas injustificadas.

Ao mesmo tempo que os docentes lecionavam na sala de aula por serem obrigados a prestar os serviços mínimos, os jovens entoavam cânticos de apoio às reivindicações.

Mafalda Correia, do 11º ano, adiantou que a manifestação pretendeu “criar algum impacto para que as entidades superiores, nomeadamente o Governo, percebam que os alunos não estão desligados, mas pelo contrário, que estão a apoiar os professores”. “Queremos demonstrar o nosso apoio na luta dos professores que também é uma luta nossa e de toda a sociedade, uma vez que a educação é o motor do país”, afirmou.

Atentos, os estudantes estão cientes de que “os professores estão cada vez mais desanimados e sentem-se injustiçados”. Ainda assim, consideram que estão a ser prejudicados, pois “ao fim de tantas greves perdem-se muitas horas de aulas”. “Já perdi mais de oito horas de aulas da disciplina a que vou fazer exame”, lamentou Mafalda, sublinhando que “os alunos obviamente que saem prejudicados no meio disto tudo”.

“O trabalho de um professor não termina quando a aula acaba. São das profissões que mais levam trabalho para casa. Temos que reconhecer isso. Para além de professores, são seres humanos”, reiterou.

Do lado dos docentes, Ana Mendonça, professora de Matemática há mais de três décadas, considerou que a greve que hoje foi levada a cabo pelos alunos “é grave e não devia acontecer”. “Para estar a acontecer, é sinal de que o Governo ainda não resolveu nada”, frisou.

Perante uma manifestação que apanhou todos de surpresa, Ana Mendonça considerou que “significa que a tutela não está preocupada com os alunos”. “Este mau estar nas escolas está a prejudicar os estudantes que estão a sentir-se lesados. Estão do nosso lado porque compreendem as nossas reivindicações”, lamentou.

Paralelamente, devido à greve do pessoal não docente, não houve atividade letiva nas escolas EB 1 de Oliveira do Hospital, EB S. Paio de Gramaços, EB Ponte das Três Entradas e EB Lagares da Beira (ensino básico).

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