A Associação Distrital dos Agricultores de Coimbra (ADACO) defende a inclusão de outros produtos da região na Feira Digital que foi inaugurada no passado dia 15 de abril pela ministra…
… da Agricultura em Oliveira do Hospital, numa iniciativa da CIM da Região de Coimbra destinada a apoiar a venda de queijo DOP.
A considerar a iniciativa “ importante e meritória para os pequenos e médios produtores agrícolas, a ADACO considera que “pecou por ser só limitada ao queijos da Serra da Estrela e ao queijo do Rabaçal”
“Ficaram de fora produtos DOP da nossa Região tais como Mel da Serra da Lousã e outros tipos de mel. Também Borrego Serra da Estrela e o Requeijão Serra da Estrela, que no distrito de Coimbra abrangem os concelhos de Arganil, Oliveira do Hospital e Tábua, ficaram de fora”, refere a ADACO em comunicado enviado à Rádio Boa Nova.
Para os responsáveis pela Associação “é importante alargar esta feira, ou então promover outras feiras no mesmo estilo, diferenciadas, para as quais a ADACO estará disponível para contribuir para a dinamização destas iniciativas”.
Em comunicado, a ADACO lamenta que “outras entidades que poderiam dar o seu contributo para que a produção dos pequenos e médios agricultores pudessem ser escoada nestes momentos tão difíceis, com os menores custos possíveis para os produtores e os consumidores, não o fazem”
“Os CTT cobram 3, 99 euros por quilo de Queijo a levarem a casa de cada comprador e a plataforma/loja “on line”, âmbito DOTT – afinal é uma “parceria” entre a SONAE e os CTT – cobra 3% por quilo ao produtor”, refere a ADACO.
“Ou seja, os serviços cobrados pela plataforma informática e pelos CTT fazem acrescer, para o comprador, em quase 4,5 euros – mais de 25% – o custo por quilo do Queijo Serra da Estrela, tendo em conta o preço real ao produtor (cerca de 18 euros/Kg e já com IVA a 6%). Ou seja ainda, este “negócio” da “Feira do Queijo DOP” interessa muito aos CTT e também à plataforma “on line”, acrescenta a ADACO.
A ADACO entende que a CIM da Região de Coimbra “deve pressionar os CTT, para cobrarem metade da tarifa, do que estão a cobrar actualmente”, considerando que “dessa forma, os consumidores comprariam muitos mais produtos e não eram tão explorados”.
A ADACO lembra que “estas iniciativas não substituem a reabertura dos mercados e feiras tradicionais”. Apela por isso à CIM da Região de Coimbra e às autarquias para que “intervenham no sentido desta medida necessária”, observando-se “como é óbvio “cuidados extra sanitários e preventivos”