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Açude da Ribeira: Câmara “oficiou” empresa para justificar atraso da obra

A Câmara Municipal de Oliveira do Hospital “oficiou” a empresa responsável pela requalificação paisagística do Açude da Ribeira, em Ervedal da Beira, para justificar o atraso da obra.

De acordo com o presidente do Município, apesar de “a empresa já ter montado o estaleiro e ter feito as intervenções que estão à vista”, a mesma já foi “oficiada relativamente ao estado da obra e convocada para uma reunião”. “A empresa já foi oficiada para justificar o estado da obra e apresentar um novo plano de trabalho para recuperar os atrasos”, avançou José Francisco Rolo na última reunião pública do executivo.

Para o autarca, em causa estão “duas questões”. “Ou a empresa pede uma prorrogação do prazo ou terá que se discutir outra saída para esta situação. No limite, tomamos posse administrativa da obra”, referiu. Na ocasião, o autarca sublinhou que “não é por falta de acompanhamento e fiscalização do Município que a obra não está a ser executada”.

José Francisco Rolo reiterou que “as empresas estão cheias de trabalho, há falta de mão de obra e os preços estão a disparar”. “O abandono de obras por parte de empresas tem-se vindo a multiplicar de norte a sul do país”, frisou, garantindo que “da parte da Câmara Municipal não há interesse nenhum em que haja atraso na obra”. “Interessa-nos é que a obra seja concluída o mais rapidamente possível”, concluiu.

O autarca respondia, assim, à questão colocada por João Dinis que usou da palavra no período de intervenção do público no início da reunião. O conhecido vilafranquense interrogou o executivo sobre o estado da obra no Açude da Ribeira que tinha “120 dias para acabar”. “Passou o prazo e nem sequer começou. Apenas há uma ligeira mexida nas terras”, disse. A “folgar” que as empresas “tenham sucesso”, João Dinis defendeu que as mesmas “têm de cumprir com as suas obrigações”. “É o nosso dinheiro, dos nossos impostos que anda a pagar isto”, lamentou.

Recorde-se que o auto de consignação da empreitada foi assinado no dia 8 de novembro entre o Município de Oliveira do Hospital e a empresa Pavisteel, Lda. O projeto consiste numa “intervenção de natureza paisagística que procura a fruição de uma zona de lazer, em espaço natural, tirando partido do espelho de água e da paisagem característica da zona”. O custo ronda os 400 mil euros (com IVA) e conta com financiamento de 85% de fundos comunitários. O elemento com maior destaque será um passadiço/ponte serpenteado sobre a linha de água a jusante do açude. O projeto prevê ainda trilhos pedonais, uma zona de miradouro e uma pequena zona de estacionamento.

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