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Acordo entre FAAD e Ministério da Saúde renovado. “Vamos continuar a prestar assistência digna às populações”

A Fundação Aurélio Amaro Diniz (FAAD) renovou o “acordo de cooperação” com o Ministério da Saúde para “prestar assistência digna às populações”. É a única instituição da região Centro a ser abrangida.

Segundo o anúncio feito, esta segunda-feira, pelo Ministério da Saúde, o Governo aprovou 12 acordos de cooperação com o sector social, no valor de 187,3 milhões de euros, com a realização de despesa plurianual a ser autorizada pelo Conselho de Ministros.

Em declarações à Rádio Boa Nova, Álvaro Herdade, presidente do Conselho de Administração da FAAD, afirma que a instituição dará “continuidade ao que tem feito”.

O responsável adiantou que a direção, “nos últimos tempos, fez pressão para que o acordo fosse renovado, pois o hospital “tem um serviço de urgência a funcionar durante a semana, das 20h00 às 8h00, aos fins-de-semana e feriados”.

“O sim já vem muito tarde porque estamos a quatro dias do final do ano. O nosso contrato terminava a 31 de dezembro. Temos que fazer escalas de serviço para o ano que vem, sobretudo para janeiro”.

Recordando que, antes, “os acordos renovavam automaticamente ao fim de um ano, Álvaro Herdade explicou que, “há três anos”, aconteceu pela primeira vez o contrato plurianual, tal como agora se sucede.

À Rádio Boa Nova, o presidente do Conselho da Administração da FAAD confessa que as verbas disponibilizadas “de maneira nenhuma chegam para aquilo que se pretende”. “Este ano, gastámos o dinheiro todo em seis meses, o que quer dizer que precisávamos quase do dobro que temos para prestar uma assistência digna às populações que abrangemos”, frisou.

Álvaro Herdade recuou no tempo para recordar que já em 2017, em virtude do grande incêndio, foi estabelecido um acordo, numa altura em que “Oliveira do Hospital corria o risco de ficar sem urgências”, após o fecho do SAP do Centro de Saúde. O responsável considera que a inclusão do programa de urgências veio retirar recursos destinados para consultas e cirurgias programadas e, por isso, é da opinião de que “o contrato de urgências deveria ser um à parte”.

Questionado sobre a realização de urgências durante 24 horas, Álvaro Herdade não descarta a possibilidade. “Se realmente for necessário, estamos cá para resolver o assunto. Se entenderam, seremos parte da solução”, frisou, realçando que não será fácil “arranjar médicos para fazer urgências”.

O conhecido médico oliveirense lamenta que as pessoas tenham que “recorrer às urgências com patologias que não são de urgência”, uma vez que “os Centros de Saúde não têm dado a resposta que as populações necessitam”.

Em jeito de balanço dos últimos tempos de pandemia, Álvaro Herdade realça que a FAAD esteve, desde a primeira hora, no combate à Covid-19 com a realização de testes de “despiste” e em “colaboração com as autoridades”. Tal como no início, a esta altura, as instalações do hospital conta com “camas cedidas aos hospitais da região, nomeadamente Coimbra, Aveiro, Viseu e Guarda.

Refira-se que os acordos de cooperação foram estabelecidos com entidades do sector social nas Administrações Regionais de Saúde do Norte (10 acordos por cinco anos), do Centro (um acordo por três anos) e de Lisboa e Vale do Tejo (um acordo por três anos). Para o Governo, trata-se de “um importante marco na garantia de acesso e ampliação da capacidade disponível para prestação de cuidados de saúde em proximidade, que o Ministério da Saúde e as suas instituições continuam empenhados em promover e garantir às populações”.

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